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Porto Alegre, segunda-feira, 02 de janeiro de 2017. Atualizado às 20h39.

Jornal do Comércio

Panorama

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EXPOSIÇÃO

Notícia da edição impressa de 03/01/2017. Alterada em 02/01 às 17h04min

Margs inicia o ano com exposição sobre o cenário artístico gaúcho

Pedro Weingärtner é destaque em mostra no Margs

Pedro Weingärtner é destaque em mostra no Margs


OBRA DE PEDRO WEINGARTNER/REPRODUÇÃO/JC
Seguindo com o programa de exposições do acervo permanente do Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli (Margs), a instituição inicia o ano com uma exposição que destaca trabalhos importantes para a configuração do cenário artístico do Estado. Uma possível história da arte no Rio Grande do Sul: a emergência de um sistema da arte local abre hoje, às 18h30min, na Galeria Aldo Locatelli do Margs (Praça da Alfândega, s/nº), e terá visitação até 2 de abril.
A mostra reúne 15 obras produzidas nos séculos XIX e XX. Ela inclui trabalhos da considerada primeira geração de artistas gaúchos, como Araújo Porto Alegre (1806-1879) e Pedro Weingärtner (1853- 1929), além de obras de artistas que ajudaram a construir, especialmente através da criação da Escola de Belas Artes (atual Instituto de Artes da Ufrgs), em 1910, o campo das artes plásticas no Rio Grande do Sul.
"A principal característica é o que chamamos de academicismo. São trabalhos, principalmente paisagens no caso da exposição, que possuem um rigor na sua construção, quanto referente à técnica, proporção, composição e profundidade. Apenas os desenhos de José Lutzenberger têm uma linguagem mais moderna, com características de caricatura e uma construção por planos", diz Carolina Grippa, do núcleo de curadoria do Margs.
O tema, segundo a curadoria, partiu da constatação de que o Rio Grande do Sul - excluindo a Missão Jesuítica - teve a constituição tardia de um sistema de arte, devido ao seu formato de povoação e de desenvolvimento. "Se compararmos a situação do Estado com Minas Gerais, que desde a época da colônia já havia artistas que trabalhavam nas igrejas como Aleijadinho, Manuel da Costa Ataíde, então podemos considerar que aqui o sistema de artes foi criado mais tardiamente", conta Carolina.
Em termos artísticos, Carolina destaca que o Rio Grande do Sul está bem posicionado: "Temos o exemplo do Grupo Nervo Óptico, que atuou na década de 1970 e foi um marco para o princípio da arte contemporânea no Estado. Vejo que essa desigualdade com outros centros brasileiros de arte (Rio de Janeiro e São Paulo) foram se dissipando ao longo dos anos".
Atualmente, o Margs possui cerca de 4 mil obras catalogadas em seu acervo, que vão da primeira metade do século XIX até os dias atuais.

Construção da narrativa por meio da fotografia

Trabalho de Carlos Azevedo integra mostra que abre hoje
Trabalho de Carlos Azevedo integra mostra que abre hoje
CARLOS AZEVEDO /CARLOS AZEVEDO
O exercício da fotografia enquanto instrumento de construção de narrativas é o mote da exposição Múltiplos olhares: 21 fotógrafos. A mostra abre hoje às 18h30min, na galeria Iberê Camargo também do Margs (Praça da Alfândega, s/nº) até o dia 29 de janeiro.
A exposição foi concebida a partir da interação entre elementos aparentemente desconexos, pertencentes ao portfólio de 21 profissionais de diversos fotógrafos, dos quais 19 são convidados e dois são fotógrafos que possuem obras no acervo do Margs - Alberto Bitar e Cibele Vieira.
Segundo o curador, arquiteto e artista visual Fábio André Rheinheimer, as imagens extraídas do contexto organizam outras possibilidades do ver, ampliando as possibilidades de novas ressignificações. Rheinheimer explica que, neste percurso, surge o espectador a delinear, segundo apropriação particular (referências estéticas e conceituais), a elaboração hipotética de outros (e novos) relatos, tendo por objeto a livre inter-relação entre produções distintas.
"A produção de fotografia, em Porto Alegre, é muito diversificada. Distintos são os profissionais de fotografia na cidade que atuam em ambas as áreas simultaneamente: fotojornalismo e arte, e conseguem se manter conceitualmente, sem que as distintas produções se anulem, ou se contaminem a ponto de desqualificar os objetivos e interesses propostos", diz o curador.
Segundo Rheinheimer, a ideia é apresentar a exposição como um diálogo plural entre os fragmentos de produções fotográficas distintas, sem jamais pretender o definitivo ou absoluto e trazer para o domínio exclusivo do espectador autor de múltiplas releituras e narrativas poéticas a partir de imagens que, mesmo condenadas à estagnação de um momento, eclodem numa profusão de novas apropriações simbólicas.
 
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