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Porto Alegre, segunda-feira, 17 de outubro de 2016. Atualizado às 20h06.

Jornal do Comércio

Panorama

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EXPOSIÇÃO

Notícia da edição impressa de 18/10/2016. Alterada em 17/10 às 16h40min

Mostra do Santander Cultural homenageia Simões Lopes Neto

Objetos de Simões Lopes Neto integram mostra do Santander Cultural

Objetos de Simões Lopes Neto integram mostra do Santander Cultural


ACERVO FAUSTO J.L. DOMINGUES/DIVULGAÇÃO/JC
Simões Lopes Neto - onde não chega o olhar prossegue o pensamento é o nome da mostra de artes visuais que o Santander Cultural realiza de amanhã até 18 de dezembro. Com curadoria de Ceres Storchi, o projeto traz uma ampla visão da trajetória do escritor com registros de seu legado cívico, jornalístico, dramatúrgico, literário e pedagógico. A abertura, para convidados, ocorre hoje, às 19h.
A exposição compreende ainda a família, o universo mítico das lendas do Sul por onde a obra de Lopes Neto transita e o regionalismo dos Contos Gauchescos. De maneira inovadora até então, o autor dá voz ao gaúcho, além de valorizar a história e a tradição do homem do campo e a própria formação do território do Rio Grande do Sul. Marcos Madureira, vice-presidente executivo de Comunicação, Marketing, Relações Institucionais e Sustentabilidade do Santander, destaca que "o escritor remete a valores e características que o Santander busca transmitir aos visitantes em todas as mostras: inovação, pluralidade, contemporaneidade e curiosidade".
Segundo a curadoria, a mostra, que ocupa, o grande hall e galerias térreas do Santander Cultural, está dividida em dois eixos que convergem nas cartografias do próprio Simões e na cartografia do Blau Nunes - este último representa forte herança deixada pelo escritor, o registro do tipo humano que desaparecia em um mundo em transformação, na paisagem do pampa e do mundo sulino.
A rica documentação de diferentes acervos testemunha as diversas atividades do escritor no âmbito da sociabilidade, do jornalismo, da visão cívica, do conhecimento da ciência, para além do seu talento literário. Sua produção teve, no efeito e ressonância póstuma, o reconhecimento do seu caráter inventivo e humanista.  
Ilustrações de Edgar Vasques, baseadas em personagens dos Contos e Lendas, foram especialmente desenhadas para a mostra. Já as cartografias, genealogias e interações em videowall são recursos gráficos construídos para entender o espaço e as relações da produção e vida do escritor.
Para Ceres Storchi, o regionalismo de Simões celebra sua ancestralidade na figura do narrador Blau Nunes e ali conflui para apresentar, de forma ímpar, parte de seu tempo e de sua história. "Essa história difere muito de outras manifestações brasileiras do regionalismo, por tratar das complexidades humanas num mundo de fronteira, além das divisas estabelecidas. A imensidão pampeana está no percurso contínuo do narrador, no seu movimento de deriva, aleatório e particular", relata, no texto curatorial.
A exposição - com um programa inédito gratuito de ação educativa com teatro, circo, cinema e seminário - integra as atividades do Biênio Simoniano, programação lançada ano passado para marcar os 150 anos de nascimento de Simões Lopes Neto e os 100 anos de sua morte.
Considerado por estudiosos e críticos como o maior autor regionalista do Rio Grande do Sul, Lopes Neto buscou, em sua produção literária, valorizar a história do gaúcho e suas tradições. Pela importância destas datas, a Secretaria de Estado da Cultura (Sedac), em parceria com a prefeitura de Pelotas e o Instituto Simões Lopes Neto, criou o projeto que deu origem ao biênio comemorativo.
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