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Publicada em 24 de Abril de 2024 às 20:45

Infectologista alerta que Estado tem enfrentado baixa adesão à vacina contra influenza

Até o momento, Rio Grande do Sul registrou 33 mortes por gripe comum

Até o momento, Rio Grande do Sul registrou 33 mortes por gripe comum

ALAIN JOCARD/AFP/JC
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Gabriel Margonar
Gabriel Margonar Repórter
Com o fim do verão e a chegada de dias mais frios, a preocupação com o aumento das doenças respiratórias começa a se intensificar. Durante a transição do outono para o inverno, as temperaturas tendem a cair gradualmente, o que cria um ambiente propício para a propagação de vírus responsáveis por gripes, resfriados e demais infecções respiratórias.
Com o fim do verão e a chegada de dias mais frios, a preocupação com o aumento das doenças respiratórias começa a se intensificar. Durante a transição do outono para o inverno, as temperaturas tendem a cair gradualmente, o que cria um ambiente propício para a propagação de vírus responsáveis por gripes, resfriados e demais infecções respiratórias.
Nessa época do ano, um dos discursos mais comuns é o da necessidade de usar roupas grossas para não se gripar. Porém, conforme explica a pneumologista do Hospital São Lucas da Pucrs, Liana Correa, isso não é uma verdade.
"Os vírus não possuem um comportamento diferente ou apresentam alguma resposta ao frio. O que ocorre é que as pessoas se aglomeram mais em ambientes fechados quando as temperaturas baixam e, com isso, a pouca ventilação facilita a circulação de microrganismos", destaca.
Ainda, de acordo com a profissional de saúde, é fundamental que a população tome cuidado redobrado, principalmente, no transporte público. "É muito comum tossir, até como resposta ao frio, colocar a mão na boca e depois leva-la à barra de segurança. Com as janelas fechadas, caso aquela pessoa esteja contaminada, pode acabar transmitindo ao próximo que se apoiar naquele local", completa.
Até o momento, o Rio Grande do Sul registra 33 mortes por Influenza (gripe comum), um aumento de 12 óbitos em comparativo com o mesmo período de 2023. No final de março, o Estado deu início a campanha de vacinação contra o vírus, com o objetivo é imunizar pelo menos 90% de cada um dos grupos prioritários, definidos pelo Ministério da Saúde. Desse modo, espera-se reduzir as complicações, internações e mortalidades decorrentes das infecções.
Contudo, conforme relata a infectologista, Rafaela Rocha, há alguns anos o Estado tem enfrentado uma baixa adesão a esse imunizante. "Durante a pandemia, muitas pessoas acabaram deixando de lado os outros vírus e só se protegeram contra a Covid-19. Isso explica um pouco do porquê temos tido problema com a gripe comum agora, já que a vacina é, disparadamente, a melhor forma de preveni-la", explica.
Além disso, ela elenca a higienização das mãos e a manutenção de uma boa imunidade como os melhores combatentes do vírus. "Mantendo-se saudável, os efeitos virais serão menores no corpo. Mas, o ideal, além de evitar as aglomerações, é sempre estar com as mãos limpas, o que diminui os ricos de contaminação", finaliza.
 

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