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Política

- Publicada em 13 de Maio de 2019 às 14:59

Doria diz que prefeito de NY 'não fez jus a um regime de liberdade' ao criticar Bolsonaro

Governador paulista, João Doria, tem alternado postura de alinhamento e distanciamento de Bolsonaro

Governador paulista, João Doria, tem alternado postura de alinhamento e distanciamento de Bolsonaro


VALTER CAMPANATO/AGÊNCIA BRASIL/JC
O governador de São Paulo, João Doria, disse nesta segunda-feira (13) que o prefeito de Nova York, o democrata Bill de Blasio, exacerbou sua condição de político local e "não fez jus a um regime de liberdade" ao criticar o presidente Jair Bolsonaro e pressioná-lo a desistir de viajar à cidade para ser homenageado pela Câmara de Comércio Brasil-EUA.
O governador de São Paulo, João Doria, disse nesta segunda-feira (13) que o prefeito de Nova York, o democrata Bill de Blasio, exacerbou sua condição de político local e "não fez jus a um regime de liberdade" ao criticar o presidente Jair Bolsonaro e pressioná-lo a desistir de viajar à cidade para ser homenageado pela Câmara de Comércio Brasil-EUA.
Segundo Doria, o prefeito nova-iorquino cometeu um erro na condução política ao fazer avaliações sobre tendências de um presidente da República de outro país.
Com pretensões de se candidatar ao Planalto em 2022, o governador paulista tem alternado postura de alinhamento e distanciamento de Bolsonaro, a depender da gravidade da crise que envolve o presidente.
"Entendo que o prefeito de Nova York exacerbou na sua condição de prefeito ao condenar e fazer manifestações nas redes sociais e na imprensa [contra Bolsonaro]", afirmou Doria antes de almoço com empresários e investidores em Nova York.
"Não cabe a um prefeito de Nova York fazer avaliações sobre esta ou aquela tendência de um presidente da República. Ele [Bill de Blasio] cometeu um erro, exagerou na sua condução política e não fez jus a um regime de liberdade onde Nova York é seu maior símbolo, a partir da própria Estátua da Liberdade que está na entrada da baía da cidade".
Desde o mês passado, Blasio trava disputa direta com Bolsonaro, a quem considera racista e homofóbico. O prefeito comemorou a decisão do presidente de não ir a Nova York receber o prêmio de "Pessoa do Ano", concedido pela câmara de comércio, e chegou a dizer que o líder brasileiro é um "ser humano muito perigoso".
Bolsonaro cancelou sua viagem a Nova York após o Museu de História Natural de Nova York se recusar a receber o evento e uma série de manifestações -de ativistas e políticos americanos, como Bill de Blasio-pressionarem os patrocinadores a não vincularem suas marcas à imagem do presidente.
Em nota, o Planalto admitiu que o cancelamento se deu após a pressão do prefeito e o governo, às pressas, articulou uma viagem ao Texas para que Bolsonaro tentasse fugir dos protestos e recebesse a homenagem.
Como mostrou o jornal Folha de S.Paulo, porém, ativistas e movimentos ligados às causas LGBT, mulheres, negros e indígenas já preparam manifestações para esta quarta (15) e quinta-feira (16), quando o presidente estará em Dallas.
Em eventos nos EUA, Doria disse que a decisão de não ir a Nova York era do presidente, mas que vê a cidade como um lugar "aberto, da liberdade de expressão e da condição de todos" e que Blasio rompeu esse cenário.
Na manhã desta segunda, o governador visitou a sede do Departamento de Polícia de Nova York e o FBI. Ele afirmou que está desenvolvendo um programa de cooperação entre a polícia americana e as polícias civil e militar de São Paulo nas áreas de tecnologia e inteligência.
Antes de ir ao almoço com empresários, do qual também participaram os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e do STF (Supremo Tribunal Federal), Dias Toffoli, Doria afirmou que, somente após a aprovação da reforma da Previdência, os investidores terão "mais confiança para abrirem as comportas para investir em São Paulo e no Brasil".
O projeto enviado pela equipe do ministro Paulo Guedes (Economia) ao Congresso sofre com a resistência dos parlamentares e com a falta de articulação política do Planalto, que ainda não conseguir montar uma base aliada consistente para aprovar suas medidas consideradas prioritárias.
Folhapress
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