Mesmo com pedidos, por parte do bloco de oposição da Câmara Municipal de Porto Alegre, a presidente do Legislativo, Mônica Leal (PP), decidiu manter o local da audiência pública marcada para o dia 21 de março, que tratará da reforma na carreira dos servidores públicos municipais, proposta pelo prefeito Nelson Marchezan Júnior (PSDB).
A audiência será realizada no próprio plenário da Câmara. Segundo o vereador Roberto Robaina (PSOL), líder de oposição, o pedido de alteração de local foi feito durante a reunião de líderes partidários, realizada na manhã de ontem, e foi prontamente descartado por Mônica.
"A audiência pública é o momento, como o próprio nome diz, de ouvir o público", argumentou, em tribuna, o vereador Marcelo Sgarbossa (PT). As galerias da Câmara têm capacidade máxima de 230 pessoas. Sgarbossa considera "muito pouco para um projeto que atinge 25 mil servidores".
Para a presidente do Legislativo, a uma semana da audiência, que se realizará na próxima quinta-feira, "não há tempo hábil" para a alteração de local. "Uma audiência pública requer uma série de questões, como ambulâncias, segurança, policiamento", complementou Mônica.
Não seria a primeira vez que uma audiência pública seria realizada fora da Câmara. Em 2016, o ginásio Gigantinho recebeu um debate público sobre a regulamentação dos aplicativos de transporte na cidade. Em 2014, foi no Tesourinha a discussão sobre a primeira licitação da história do transporte público do município.
A sessão ordinária de ontem do Legislativo foi suspensa pouco depois de seu início. O motivo foi o falecimento de Mário Marcantônio, pai do vereador Luciano Marcantônio (PTB), atualmente licenciado de seu mandato para atuar como titular da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Mobilidade (Smim) no governo Marchezan.