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Política

- Publicada em 13 de Março de 2019 às 12:17

Juízes e juristas pedem que Dodge explique fundo bilionário da Lava Jato

Associações querem saber se MPF negociou diretamente a criação do fundo com os EUA

Associações querem saber se MPF negociou diretamente a criação do fundo com os EUA


EVARISTO SÁ/AFP/JC
Associações de juristas e juízes entraram nesta quarta (13) com um pedido para que a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, informe os critérios adotados por procuradores da força-tarefa da Lava Jato no Paraná para tentar criar um fundo bilionário com recursos de multas da Petrobras. A própria Dodge é contra a criação do fundo e foi ao STF para derrubá-lo. A Câmara dos Deputados teve a mesma iniciativa, além de alguns partidos políticos.
Associações de juristas e juízes entraram nesta quarta (13) com um pedido para que a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, informe os critérios adotados por procuradores da força-tarefa da Lava Jato no Paraná para tentar criar um fundo bilionário com recursos de multas da Petrobras. A própria Dodge é contra a criação do fundo e foi ao STF para derrubá-lo. A Câmara dos Deputados teve a mesma iniciativa, além de alguns partidos políticos.
Diante da forte reação à ideia, os procuradores da Lava Jato recuaram e pediram a suspensão do acordo. Ele previa que R$ 2,5 bilhões de multas que a Petrobras teria que pagar nos Estados Unidos fossem transferidos ao Brasil, e destinados a uma fundação que teria administradores indicados pelos procuradores da força-tarefa do Paraná. A juíza Gabriela Hardt, da 13ª Vara Federal de Curitiba, homologou as tratativas.
A ABJD (Associação Brasileira de Juristas pela Democracia) e a AJD (Associação de Juízes pela Democracia), que assinaram o pedido encaminhado a Dodge, acreditam, no entanto, que a suspensão é apenas uma tentativa de se adiar a criação do fundo. E pedem várias informações sobre a iniciativa.
Os jurista e juízes querem saber, entre outras coisas, se o MPF (Ministério Público Federal) negociou diretamente a criação do fundo com os EUA. Questionam ainda se haveria base legal para que os R$ 2,5 bilhões fossem depositados numa conta da 13ª Vara Federal de Curitiba, se os procuradores do Paraná tinham autonomia para fazer as tratativas ou se isso extrapolaria suas funções.
Folhapress
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