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Política

- Publicada em 08 de Março de 2019 às 17:15

Lula quer acesso a acordo bilionário entre Procuradoria e Petrobras

Defensores de Lula afirmaram ao novo juiz da Lava Jato que há contradição no acordo

Defensores de Lula afirmaram ao novo juiz da Lava Jato que há contradição no acordo


FRANKLIN DE FREITAS/AFP/JC
Agência Estado
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu nesta sexta-feira (8) ao juiz federal Luiz Antonio Bonat, da Operação Lava Jato, acesso ao acordo bilionário firmado entre o Ministério Público Federal, a Petrobras e o Departamento de Justiça norte-americano para criação de um fundo anticorrupção. A estatal depositou R$ 2.567.756.592,00 em conta vinculada à 13ª Vara Federal de Curitiba, em cumprimento ao acordo feito com os procuradores.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu nesta sexta-feira (8) ao juiz federal Luiz Antonio Bonat, da Operação Lava Jato, acesso ao acordo bilionário firmado entre o Ministério Público Federal, a Petrobras e o Departamento de Justiça norte-americano para criação de um fundo anticorrupção. A estatal depositou R$ 2.567.756.592,00 em conta vinculada à 13ª Vara Federal de Curitiba, em cumprimento ao acordo feito com os procuradores.
O requerimento de Lula foi anexado ao processo sobre supostas propinas da Odebrecht. A Lava Jato afirma que as vantagens indevidas incluiriam um terreno para abrigar o Instituto Lula e um apartamento em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo.
A Petrobras é assistente de acusação do Ministério Público Federal nas ações penais da Lava Jato, inclusive neste processo. A Justiça Federal do Paraná considera a estatal "vítima lesada" do esquema bilionário de corrupção e propinas instalado na instituição.
A defesa do petista relatou a Bonat que, em 2017, contestou a habilitação da estatal como assistente de acusação. Na avaliação dos advogados, a Petrobras "não poderia ser considerada vítima, pois, segundo a Procuradoria, diretores, gerentes e outros funcionários teriam concorrido para ocorrência dos supostos delitos praticados no âmbito da sociedade de economia mista, e que os sistemas de controle de companhia não teriam funcionado".
Os advogados afirmam que um trecho do acordo afirma que, "segundo decisões judiciais proferidas pelo Judiciária brasileira, a Petróleo Brasileira S.A. - Petrobras (PETROBRAS) foi vítima e diretamente lesada por ilícitos praticados em seu desfavor".
Em outra parte, o texto descreve que a estatal "respondia a procedimentos administrativos nos Estados Unidos da América e, por conta de singularidades e particularidades do respectivo ordenamento jurídico" e que celebrou um acordo com autoridades norte-americanas "em razão de certas condutas praticadas" por funcionários.
Os defensores de Lula afirmaram ao novo juiz da Lava Jato que há contradição no acordo. Segundo a defesa, o acesso ao material é "relevante para que seja analisada a efetiva posição da Petrobras" na ação sobre as supostas propinas da Odebrecht e também "para a análise das condutas atribuídas" a Lula na denúncia que levou à abertura da ação.
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