Três em cada quatro brasileiros acreditam que o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) está no caminho certo. É o que revela a primeira pesquisa CNI/Ibope após a eleição, divulgada nesta quinta-feira. Dos entrevistados, 75% disseram acreditar que o presidente eleito e sua equipe estão no caminho certo, considerando as decisões que tomaram até agora. Outros 14% avaliaram que Bolsonaro está no caminho errado e 11% não souberam ou não quiseram responder.
A pesquisa também mostra otimismo em relação ao próximo ano. Quase dois a cada três brasileiros (64%) têm expectativa de que o governo Bolsonaro será ótimo ou bom. Outros 14% acham que será ruim ou péssimo, 18% avaliam que será regular e 4% não souberam ou não quiseram responder.
Para os brasileiros, a prioridade do governo deve ser melhorar serviços de saúde e promover a geração de empregos. Saúde e desemprego se destacam entre os principais problemas enfrentados pelo Brasil, de acordo com a pesquisa.
A pesquisa foi realizada pelo Ibope entre os dia 29 de novembro e 2 de dezembro, ou seja, antes de vir à tona o caso do ex-motorista do senador eleito Flávio Bolsonaro. Na última quinta-feira, o jornal O Estado de S. Paulo revelou que um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) identificou movimentações atípicas na conta de Fabrício Queiroz, ex-funcionário do filho mais velho do presidente eleito Jair Bolsonaro.
Para o gerente-executivo da Unidade de Pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Renato da Fonseca, não é possível dimensionar, portanto, se o episódio e seus desdobramentos geraram algum tipo de desgaste na imagem do futuro governo.
A pesquisa também mostra que 74% dos brasileiros avaliam o governo de Michel Temer (MDB) como ruim ou péssimo; 18%, como regular; e 5%, como ótimo ou bom, enquanto 3% não sabem ou não responderam à pergunta.
Conforme a consulta, Temer encerra o mandato com menor nível de aprovação - 85% dos entrevistados desaprovam o atual governo, 9% aprovam e 5% não sabem ou não responderam.
Apesar de elevado, o percentual de desaprovação caiu 7 pontos, em relação ao de setembro, quando chegava a 92%.
Foram consultados 2.000 eleitores em 127 municípios brasileiros. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou menos. O nível de confiança é de 95%.