Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Política

- Publicada em 04 de Outubro de 2018 às 16:57

Último dia de propaganda eleitoral para presidente é marcado por ataques entre candidatos

1 Em sua propaganda, Bolsonaro aparece em meio a uma multidão de apoiadores

1 Em sua propaganda, Bolsonaro aparece em meio a uma multidão de apoiadores


REPRODUÇÃO/JC
Bruna Suptitz
O último dia de propaganda eleitoral na TV dos candidatos à presidência da República, que foi ao ar nesta quinta-feira (4), foi marcado pelo diálogo direto com o eleitor, o apelo pela decisão do voto nos dias que antecedem o pleito e discurso contra o ódio – as referências apareceram nas falas de Marina Silva (Rede), Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckmin (PSDB) e Fernando Haddad (PT).
O último dia de propaganda eleitoral na TV dos candidatos à presidência da República, que foi ao ar nesta quinta-feira (4), foi marcado pelo diálogo direto com o eleitor, o apelo pela decisão do voto nos dias que antecedem o pleito e discurso contra o ódio – as referências apareceram nas falas de Marina Silva (Rede), Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckmin (PSDB) e Fernando Haddad (PT).
O líder nas pesquisas de intenção de voto, Jair Bolsonaro (PSL) – que no primeiro turno teve 8 segundos de propaganda - menor tempo entre os mais bem colocados –, mudou o conteúdo apresentado em relação aos demais programas que foram ao ar nos últimos 35 dias.
Nesta quinta-feira, a estratégia foi rebater as críticas dos opositores, atribuindo a eles a propagação de “mentiras, calúnias e perseguição” e dizendo, sem fazer referência a quem, que “tentaram até tirar a vida dele”. “O sistema não quer Bolsonaro, mas o povo quer. E quem decide é o povo”, concluiu a propaganda, exibindo uma imagem área em que o candidato aparece em meio a uma multidão de apoiadores, a mesma utilizada em programas anteriores.
A aparição do candidato do PSL foi a última, dentre todos os presidenciáveis, a ir ao ar nesta quinta. Antes, ele já havia sido criticado, direta ou indiretamente, por todos os seus principais opositores.
Em 21 segundos, Marina Silva apelou aos eleitores para “deixar o passado para trás”. “Daqui a três dias vamos votar. Convoco todos os que sabem que o ódio não constrói o futuro”, disse a candidata.
Na sequência falou Ciro, terceiro colocado nas pesquisas e que durante todo o primeiro turno utilizou seus 38 segundos de televisão para falar diretamente com a câmera. No programa desta quinta – a exemplo do que já havia adotado na terça-feira –, ele optou por criticar a polarização entre PT e Bolsonaro, apresentando-se como alternativa. O pedetista utilizou os cenários das pesquisas que projetam o segundo turno, em que aprece à frente do candidato do PSL e pediu: “para isso, preciso do seu voto já no primeiro turno”.
Com o maior tempo de TV dentre todos os postulantes ao Palácio do Planalto – 5 minutos e 32 segundos –, Alckmin manteve a estratégia de atacar o líder das pesquisas, buscando conquistar o eleitorado que se identifica com Bolsonaro e rejeita o PT. Após acusar o candidato do PSL de propagar fake news, a candidata a vice, Ana Amélia Lemos (PP), apareceu para sustentar que, “se você não quer o PT de volta, o voto certo é Geraldo Alckmin”.
Mesmo com o apelo midiático da propaganda e das inserções ao longo da programação nas emissoras abertas de rádio e televisão, o tucano não conseguiu avançar nas intenções de voto, permanecendo como quarto colocado. Um dado do Datafolha, dizendo que parte dos eleitores decide o candidato na semana que antecede a eleição, além de indicativo do eleitorado que admite mudar o voto, foi usado pelo candidato. “Pesquisas mostram que Alckmin vence o PT e também Bolsonaro. Está nas suas mãos virar esse jogo. É possível, dá tempo”, apelou a apresentadora.
Já a propaganda do PT, que contou com falas diretas para a câmera de Haddad e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, também dedicou parte dos 2 minutos e 23 segundos a críticas a Jair Bolsonaro. Diferente dos demais concorrentes, que atacaram o discurso de ódio, a propaganda de Haddad encerrou apresentando o posicionamento contrário do adversário em temas como salário mínimo e combate à pobreza. “Não vote em quem sempre votou contra você”, concluiu.
Antes, o candidato petista sustentou que “Urna não é lugar de depositar ódio. É lugar de depositar esperança”. Em sua aparição, Lula fez referência ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) ao dizer que “é hora de levantar a cabeça e reconstruir a nossa democracia elegendo diretamente um novo presidente”. Haddad é o segundo colocado nas pesquisas e, na projeção de segundo turno, aparece tecnicamente empatado com Bolsonaro.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO