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Internacional

- Publicada em 08 de Fevereiro de 2019 às 11:19

Proposta de líder trabalhista para o Brexit agrada a UE

Propostas de Corbyn incluem uma "união aduaneira permanente e abrangente em todo o Reino Unido"

Propostas de Corbyn incluem uma "união aduaneira permanente e abrangente em todo o Reino Unido"


JESSICA TAYLOR/UK PARLIAMENT/AFP/JC
Agência Estado
Jeremy Corbyn, o líder do Partido Trabalhista, principal da oposição britânica, ofereceu na quinta-feira (7) à primeira-ministra, Theresa May, seu apoio para um acordo de saída do Reino Unido da União Europeia caso ela negocie uma união aduaneira com o bloco. O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, disse a May que o plano de Corbyn é uma "boa saída para o impasse" do Brexit.
Jeremy Corbyn, o líder do Partido Trabalhista, principal da oposição britânica, ofereceu na quinta-feira (7) à primeira-ministra, Theresa May, seu apoio para um acordo de saída do Reino Unido da União Europeia caso ela negocie uma união aduaneira com o bloco. O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, disse a May que o plano de Corbyn é uma "boa saída para o impasse" do Brexit.
As propostas do líder trabalhista incluem uma "união aduaneira permanente e abrangente em todo o Reino Unido", que signifique "um alinhamento com o código alfandegário comum, uma tarifa externa comum e um acordo sobre política comercial que inclua o poder de decisão do Reino Unido sobre os futuros acordos comerciais da UE".
Corbyn também quer um alinhamento estreito com o mercado único da UE, um "alinhamento dinâmico dos direitos e proteções" para os trabalhadores, a participação em agências da UE e programas de financiamento. O líder trabalhista afirmou ainda que, se May aceitar as propostas, ela terá o apoio da oposição na luta por concessões da de Bruxelas no caso da fronteira entre Irlanda e Irlanda do Norte.
A premiê britânica não se mostrou muito animada com a proposta. Ela afirmou que os projetos de Corbyn impedem o governo britânico de comandar a própria política comercial e negociar acordos bilaterais com terceiros países.
May também disse que está "empenhada em tentar renegociar" o mecanismo projetado para impedir o restabelecimento de uma fronteira física entre a Irlanda e a Irlanda do Norte, chamado de "backstop".
O ponto é um dos temas não resolvidos do acordo e um dos mais críticos das negociações. Em tese, na perspectiva de um "Brexit duro" (sem acordo), o governo britânico terá de recriar uma estrutura de aduanas na fronteira entre as duas Irlandas, caso o Reino Unido de fato abandone a área de livre mercado da UE.
Mas a construção de postos de fronteira seria contrário a um dos pontos-chave do acordo de paz de Sexta-feira Santa, que pôs fim, em 1998, ao conflito histórico entre católicos, republicanos e nacionalistas do IRA e os unionistas protestantes. Nesta Sexta-feira, 8, a primeira-ministra britânica estará em Dublin para uma reunião com o premiê irlandês, Leo Varadkar, para discutir a questão da fronteira.
Na quinta-feira, May e o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, concordaram com novas conversações sobre o Brexit. Em comunicado conjunto emitido após a reunião de quase três horas, os dois afirmaram que, "apesar dos desafios, as equipes devem manter conversas para saber se é possível encontrar uma solução que obtenha o maior apoio possível no Parlamento do Reino Unido e respeite as diretrizes do Conselho Europeu".
Em entrevista, May prometeu que cumprirá sua missão de retirar o Reino Unido da UE "dentro do prazo". "Meu trabalho é concretizar o Brexit e fazer isso no prazo. E vou negociar duro nos próximos dias para fazê-lo", garantiu. (Com agências internacionais).
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