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- Publicada em 08 de Maio de 2019 às 22:04

Financiamento da Caixa pode destravar obras em ciclovias

Ligação de trechos já existentes, como o da avenida Nilo Peçanha, é uma das prioridades

Ligação de trechos já existentes, como o da avenida Nilo Peçanha, é uma das prioridades


MARIANA CARLESSO/JC
Igor Natusch
A arrastada expansão da malha cicloviária de Porto Alegre ganhou uma nova perspectiva no começo desta semana. Após agenda com o secretário nacional de Mobilidade Urbana, Jean Carlos, em Brasília, representantes da prefeitura da Capital voltaram com a confirmação de que dois projetos de mobilidade urbana, apresentados ao programa Avançar Cidades do Ministério do Desenvolvimento Regional, estão aptos para seguir a tramitação junto à Caixa Econômica Federal. Se aprovado, um deles pode injetar até R$ 5,6 milhões na implantação de ciclovias complementares à rede já existente em Porto Alegre.
A arrastada expansão da malha cicloviária de Porto Alegre ganhou uma nova perspectiva no começo desta semana. Após agenda com o secretário nacional de Mobilidade Urbana, Jean Carlos, em Brasília, representantes da prefeitura da Capital voltaram com a confirmação de que dois projetos de mobilidade urbana, apresentados ao programa Avançar Cidades do Ministério do Desenvolvimento Regional, estão aptos para seguir a tramitação junto à Caixa Econômica Federal. Se aprovado, um deles pode injetar até R$ 5,6 milhões na implantação de ciclovias complementares à rede já existente em Porto Alegre.
Atualmente, a cidade conta com cerca de 48 quilômetros de pistas para bicicleta, pouco menos de 10% da malha total prevista no Plano Diretor Cicloviário Integrado de Porto Alegre, de 495km. Em 2018, foram construídos apenas 2,6km de novas ciclovias. A expectativa da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) é que, a partir da confirmação dos valores, seja possível acelerar significativamente o ritmo de construção.
Além do projeto para as ciclovias, o ministério deu sinal verde também para a realização de uma pesquisa de matrizes de viagem e do padrão de deslocamentos em Porto Alegre, com valor de financiamento de até R$ 3,8 milhões. Presente à reunião na capital federal, a secretária municipal de Planejamento e Gestão, Juliana Castro, explica que os dois projetos envolvem contrapartidas do município: R$ 297,7 mil, no caso das pistas para ciclistas, e R$ 200 mil, no caso dos estudos de mobilidade. "Agora, nosso desafio é vencer as demais etapas burocráticas e administrativas junto à Caixa para obtenção efetiva desse financiamento", acrescenta.
De acordo com a EPTC, a prioridade de execução das ciclovias é a conclusão do 1,7 quilômetro restante da avenida Ipiranga. Esse trecho inconcluso tem caráter estratégico, segundo o órgão, já que sua execução proporcionará uma ligação da avenida Antônio de Carvalho com a orla do Guaíba. Dentro dos recursos almejados junto ao governo federal, pretende-se também consolidar e realizar manutenção na chamada Rede 1, que inclui Centro, Cidade Baixa, Bom Fim e Menino Deus. A ligação de trechos já existentes, como as recém-iniciadas obras de extensão da ciclovia das avenidas Nilo Peçanha e Nilópolis, também pode se beneficiar de um financiamento.
A exata extensão da malha cicloviária a ser incluída no montante federal ainda não está definida, já que, segundo a EPTC, somente a partir da confirmação da operação de crédito será possível avaliar quais trechos caberão ou não no orçamento. A boa notícia, segundo o órgão, é que se abre uma segunda fonte de recursos para a implementação de ciclovias e ciclofaixas previstas no Plano Diretor Cicloviário - que, até então, dependiam exclusivamente das contrapartidas de empreendimentos.
Também considerada apta para buscar recursos junto à Caixa, a Pesquisa Origem e Destino de Mobilidade fará uso de softwares de simulação, levantando dados úteis para o planejamento de investimentos futuros em infraestrutura viária, modais de transporte, ciclovias e calçadas. "São realizadas entrevistas em residências, por telefone e internet, em amostras da população para avaliação e levantamento de informações de todas as origens e destinos dos deslocamentos, em todos os modais disponíveis na cidade, inclusive caminhadas", explica a EPTC, em resposta escrita à reportagem. Com os resultados obtidos, são realizadas as chamadas matrizes de viagens, amostragens expandidas para toda a cidade de forma a apontar possíveis tendências nas demandas de deslocamento.
Ao todo, a prefeitura tem 12 cartas-consulta submetidas ao Avançar Cidades, e algumas delas podem ter resposta ainda neste mês. Entre elas, está um levantamento hidrográfico e de sinalização náutica para hidrovia, que podem servir de base para um projeto executivo de um futuro atracadouro e estação hidroviária. Uma operação financeira para a construção de uma via na margem esquerda do arroio Cavalhada, entre as avenidas Icaraí e Diário de Notícias, também está em análise, bem como medidas de qualificação de infraestrutura para o transporte de ônibus na Capital.
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