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Geral

- Publicada em 08 de Março de 2019 às 23:03

Dia da Mulher teve solidariedade, orgânicos e alerta sobre direitos, violência e feminicídio

Brigadianos doam cabelos, defensoria mostra direitos e feira e debates mostram força das mulheres

Brigadianos doam cabelos, defensoria mostra direitos e feira e debates mostram força das mulheres


Thiago Machado/Arte JC
Lívia Rossa
Corte de cabelo para doar a mulheres com câncer, alimentos orgânicos, orientações sobre direitos e alerta sobre violência e impacto da reforma da Previdência. O Dia Internacional da Mulher, neste 8 de março, teve em Porto Alegre a diversidade que o mundo feminino traduz.
Corte de cabelo para doar a mulheres com câncer, alimentos orgânicos, orientações sobre direitos e alerta sobre violência e impacto da reforma da Previdência. O Dia Internacional da Mulher, neste 8 de março, teve em Porto Alegre a diversidade que o mundo feminino traduz.
Brigadianas, do corpo da Brigada Militar, encararam a tesoura em plena Orla do Guaíba. Não muito longe dali, discussões sob uma grande tenda instalada no Largo Glênio Peres, abordavam a condição feminina, desde direitos, feminicídio e o impacto de mudanças que estão na proposta de reforma de aposentadorias. Entidades e organizações movimentaram-se para não deixar o tema passar em branco.

Orgânicos, direitos e reação a violência e feminicídio

No Largo Glênio Peres, uma programação ampla voltada para o dia das mulheres também foi organizada. Mulheres de todas as idades estiveram presentes, algumas delas, com os rostos maquiados como se fossem vítimas de violência como forma de protesto.
> Veja as imagens do dia no Glenio Peres
Uma pequena feira com produtos orgânicos cultivados por assentamentos de reforma agrária e artesanatos movimentou as vendas em torno da roda de conversa durante painel sobre Feminicídio, violência contra as mulheres e direitos reprodutivos.
Um trailer da Defensoria Pública realizou mutirão de conscientização, distribuindo informativos ao público presente e o Órgão foi representado pela defensora Liliane Braga em uma das palestras. "O Estado deve educar em direito para evitar o ciclo da violência. A mulher deve se sentir acolhida ao buscar o sistema de justiça", afirmou.
Para a estudante de Serviço Social e integrante do Assentamento Integração Gaúcha (Irga), em Eldorado do Sul, Myllena Costa, a feira é uma oportunidade para as mulheres do campo mostrarem sua voz, já que o movimento costuma ser focado na mulher urbana. Segundo ela, o os produtos feitos pela cooperativa dão autonomia às mulheres facilitando a saída das tarefas domésticas.
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A agricultora Rosicler Tonetti diz que as vendas são fontes importantes de renda e representam a independência das mulheres do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). "Se não estivéssemos aqui, estaríamos desempregadas. Daqui a mulher tira o sustento e ainda pode ter uma alimentação mais saudável", diz a vendedora de pães, bolos, cucas, cookies e bolachas.
"Não há nada para comemorar", diz a dirigente do sindicato dos metalúrgicos Lenira Campos da Silva, que acredita que o dia seja propício para denunciar o aumento da violência. Segundo a líder os tempos não são favoráveis às mulheres trabalhadoras pois embora o gênero seja maioria, o sexo ainda influencia na hora das demissões. Ela diz que o sindicato já abriu mais vagas femininas, mas nem todas são contempladas por conta das exonerações.
No fim da tarde, uma caminhada marcou o desfecho dos eventos do Dia da Mulher. Todas as pautas que desfilaram pelo dia, com tom de protesto pela condição feminina, foram para a rua, mesmo sob chuva. Milhares de participantes deram o recado que as bandeiras das mulheres continuam no dia a dia.

Cabelos de Aço das Brigadianos

> Veja as fotos da campanha 
Ao lado da Usina do Gasômetro, a Brigada Militar organizou cortes voluntários, realizados antes de um passeio que sairia da orla com o barco Cisne Branco. O material será doado a mulheres com câncer, por meio do Instituto da Mama do Rio Grande do Sul (Imama). O trabalho começou em 1º de março e já realizou 20 cortes.
De acordo com a capitã da área da Comunicação Social da BM Clarisse Heck, a campanha Cabelos de Aço das Brigadianas é o início da iniciativa de solidariedade prevista para 2019 na corporação. "A ideia é sensibilizar os militares, começando pelo público interno e depois expandindo para o público externo", afirmou a capitã.
Quatro alunas soldado da Escola de Especialização de Soldados (Esfes-Poa) dispuseram-se a retirar as mechas, aproximadamente 18 centímetros. Os pedaços foram imediatamente postos em sacos lacrados destinados ao Imama, atitude considerada nobre por Clarisse.
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"A doação é um estímulo além da atividade militar e ajuda a lidar com o câncer, que afeta principalmente a auto-estima das mulheres", disse. Para o ano, mais ações serão previstas, como doação de sangue.
Para a voluntária do Imama Mônika Cardoso, o projeto representa uma valorização das mulheres com a doença. Ela, que já passou pelo câncer há 20 anos, diz que "perder o cabelo faz cair o mundo" e que as perucas são um gesto de carinho para aumentar a auto-estima de vítimas da doença. Reitera também que  instituição dispõe de banco de perucas disponível por tempo ilimitado.
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