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- Publicada em 04 de Fevereiro de 2019 às 17:56

Projeto universitário aborda acessibilidade no cinema

Alunos do curso de Produção Audiovisual da Pucrs fazem financiamento coletivo para viabilizar o projeto "Enquanto estiver"

Alunos do curso de Produção Audiovisual da Pucrs fazem financiamento coletivo para viabilizar o projeto "Enquanto estiver"


Sara Ventorini/Divulgação/JC
Matheus Closs
A busca por uma imersão sensorial que inclua, também, os deficientes visuais no cinema motivaram formandos do curso de Produção Audiovisual da Pucrs a produzir projeto voltado à acessibilidade em seu trabalho de conclusão de curso. Intitulada Enquanto estiver..., a iniciativa baseia-se em uma narrativa transmídia, que resultará em três produtos: um curta-metragem ficcional, um documentário e uma página no Instagram. Para financiar o projeto, os estudantes buscam financiamento coletivo via plataforma na internet.
A busca por uma imersão sensorial que inclua, também, os deficientes visuais no cinema motivaram formandos do curso de Produção Audiovisual da Pucrs a produzir projeto voltado à acessibilidade em seu trabalho de conclusão de curso. Intitulada Enquanto estiver..., a iniciativa baseia-se em uma narrativa transmídia, que resultará em três produtos: um curta-metragem ficcional, um documentário e uma página no Instagram. Para financiar o projeto, os estudantes buscam financiamento coletivo via plataforma na internet.
O roteiro do curta-metragem Fora da curva, abordará a personagem Deise, uma jovem apaixonada por atletismo e que, após perder a visão durante uma corrida, tenta encontrar formas de reinventar o seu mundo. Assim como os demais produtos, possui audiodescrição. O recurso consiste na descrição clara e objetiva de todas as informações que compreendemos visualmente e que não estão contidas em diálogos, como, expressões faciais e corporais, informações sobre o ambiente, efeitos especiais, figurinos e mudanças de tempo e espaço. 
A ideia, segundo a aluna Ana Luísa Moura, é planejada desde agosto de 2018, quando a colega Jéssica Fontoura – uma das estudantes envolvidas no projeto -, expôs sua vontade de trabalhar algo voltado à visão, devido ao seu problema de visão acromática, um distúrbio que faz Jéssica enxergar tudo em tons de cinza.
Para unir a vontade de Jéssica aos conceitos aprendidos durante a graduação, os oito formandos que encabeçam a produção do projeto resolveram trabalhar com o conceito de transmídia – quando uma narrativa é contada em diferentes plataformas e formatos, com cada uma delas contribuindo de maneira distinta para o produto final.
“Com a estrutura transmídia, começamos a entender como a gente, produtor de audiovisual, podia contar uma história de maneira mais abrangente, e em como proporcionar experiências mais instigantes para as pessoas”, revela Ana Luísa. Outros dez alunos do curso de Produção Audiovisual auxiliam os formandos na produção dos conteúdos.
O documentário, provisoriamente chamado de Enquanto estiver sentindo será resultado de entrevistas realizadas com paratletas que trarão diferentes reflexões sobre visão, sentidos e liberdade. A página do Instagram do projeto já está no ar no link: https://www.instagram.com/enquantoestiver/. Nela, informações e novidades do projeto vão sendo atualizadas em postagens – todas com audiodescrição.
O projeto encontra-se em etapa de pré-produção. Para viabilizar a iniciativa, o grupo de alunos lançou uma página na plataforma Catarse (https://catarse.me/enquantoestiver), que procura via financiamento coletivo arrecadar R$ 13,5 mil, que serão utilizados nos custos de produção como deslocamento, alimentação, elenco e recursos de acessibilidade.
Para cada montante investido, uma recompensa diferente é recebida, como canecas, camisetas e materiais exclusivos. Cerca de R$ 4,3 mil já foram arrecadados até a última semana.
Caso não atinjam a meta, o valor arrecadado será somado junto a arrecadação feita pelos próprios alunos “A gente tenta fazer de outras formas. Vender trufa, pedir apoio de alimentação para empresas. Ter outras alternativas para conseguir o dinheiro que a gente precisa”, explica Ana Luísa.
O documentário e o curta-metragem serão finalizados até a primeira semana de julho.
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