A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) garante que está normalizado o pagamento da empresa responsável pelas atividades de higienização, lavanderia e nutrição do Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre (HPS). Segundo a Associação dos Servidores do Hospital de Pronto Socorro (ASHPS), o atraso no pagamento dos salários dos trabalhadores terceirizados teria causado a paralisação dos serviços na segunda-feira, o que colocaria a saúde dos pacientes e servidores em risco. A prefeitura, porém, diz que o pagamento foi feito na manhã de ontem e a limpeza foi retomada durante a tarde.
"A paralisação é motivo para grande preocupação, pois causa lixeiras lotadas, leitos inativados, sujeira em diversos locais e falta de itens básicos, como, por exemplo, papel toalha. Essa última situação, inclusive, é um problema que se arrasta por bastante tempo no HPS", diz a ASHPS, em nota. A associação descreve a situação como "de extrema gravidade", e alerta que a continuidade pode resultar na interrupção de procedimentos e internações. A entidade também manifestou críticas à política de terceirizações, que "desvaloriza trabalhadores de setores como o de limpeza, fundamentais para um atendimento de qualidade".
O pagamento dos salários para os responsáveis pela empresa, segundo a ASHPS, estaria interrompido desde a troca da empresa terceirizada. No momento, os serviços são prestados de forma emergencial pela empresa Líder Sul, que assumiu desde que a prestadora anterior foi inabilitada por problemas na prestação de contas. Segundo a prefeitura, a atual terceirizada entregou a documentação na sexta-feira. Assim, alega que não há atraso no pagamento, já que o depósito seria feito dentro do prazo legal para análise da documentação, de dois dias úteis.
A assessoria da SMS ressalta que as reclamações não foram feitas por pacientes, o que evidencia que a paralisação não trouxe impacto aos usuários. A deputada federal Fernanda Melchionna (PSOL-RS) afirmou, em uma rede social, que a UTI de trauma pediátrico do HPS teria sido interditada devido à suspensão dos serviços, o que não foi confirmado pela SMS.