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Educação

- Publicada em 18 de Julho de 2018 às 23:03

Escola trava luta contra infestação de pombos

Aplicação de substâncias que repelem as aves tem custo entre R$ 8 mil e R$ 10 mil

Aplicação de substâncias que repelem as aves tem custo entre R$ 8 mil e R$ 10 mil


LUIZA PRADO/JC
Passado um ano da grande infestação de pombos que causou a interdição da Escola Estadual de Ensino Fundamental General Ibá Ilha Moreira, na Zona Leste de Porto Alegre, a instituição trava uma luta permanente contra a volta das aves para o local. Mesmo com custo alto, de até R$ 10 mil, o uso de repelentes é paliativo e afasta as aves apenas por alguns meses.
Passado um ano da grande infestação de pombos que causou a interdição da Escola Estadual de Ensino Fundamental General Ibá Ilha Moreira, na Zona Leste de Porto Alegre, a instituição trava uma luta permanente contra a volta das aves para o local. Mesmo com custo alto, de até R$ 10 mil, o uso de repelentes é paliativo e afasta as aves apenas por alguns meses.
Lilian Almeida de Araújo, que assumiu a direção da escola na época, após o afastamento da então diretora Marlei de Oliveira, afirma que, hoje, a situação está mais tranquila. Entretanto, o desafio permanece. "Pombos são complicados, porque não saem por si só, precisam ser retirados do local e levados para outro. Por isso, tudo que fazemos é paliativo, para afastá-los por algum tempo", explica.
A aplicação de substâncias que repelem os pombos tem custo entre R$ 8 mil e R$ 10 mil, oriundos de recursos extras fornecidos pela Secretaria Estadual de Educação (Seduc), e precisa ser reforçada ao menos semestralmente. Lilian não tem estimativa de quanto custaria o procedimento de retirada das aves do local, mas assegura que o custo é bem mais alto do que o do repelente.
A General Ibá chegou a ficar quase um mês sem aulas no ano passado, em função do acúmulo de fezes de pombos nas dependências da escola, cujo contato seria danoso à saúde dos mais de 400 alunos. O prédio também padecia com problemas no telhado e infiltrações. Na época, o Estado trocou o telhado e as caixas d'água, e, com isso, resolveu os problemas de infiltração, fez a limpeza do local e realizou a desinfecção do espaço.
A escola ainda tem algumas demandas não solucionáveis com o dinheiro da autonomia financeira (repassado diretamente para as direções, para manutenção e pequenos reparos), como a pintura do prédio, a reforma da quadra esportiva e melhorias no pátio. Conforme informações da Seduc, diante do aumento do teto da autonomia financeira a partir de julho, de R$ 15 mil para R$ 33 mil, a aplicação de repelentes, agora, poderá ser feita diretamente pela instituição, sem necessidade de solicitação de recursos extras para o Estado. As outras demandas da comunidade escolar, como a reforma da quadra, serão supridas por verba de financiamento do Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird).

Proliferação dos animais pode causar doenças graves

Os pombos vivem com facilidade nas cidades, morando em edificações, nas quais costumam fazer seus ninhos em telhados, forros, caixas de ar-condicionado, torres e marquises, e causam prejuízos por danificar as estruturas dos prédios. Como não costumam ser caçados por outros animais, sua população cresce rápido.
A proliferação dessas aves tornou-se um grave problema de saúde, pois pode causar doenças graves, que, eventualmente, levam à morte ou deixam sequelas. A principal via de contaminação são as fezes, hospedeiras de fungos e bactérias que podem infectar uma pessoa mesmo sem contato direto, através de inalação. Entre as doenças provocadas pelos pombos estão salmonelose, criptococose, histoplasmose, ornitose e, a mais grave, meningite, que causa inflamação das membranas que envolvem o encéfalo e a medula espinhal.
O Ministério da Saúde indica como medidas de prevenção à proliferação de pombos a retirada de seus ninhos e ovos, o umedecimento das fezes das aves com desinfetante antes de varrê-las e o uso de luvas e máscara para cobrir o nariz e a boca ao fazer a limpeza. Também recomenda vedar buracos ou vãos entre paredes, telhados e forros, colocar telas em varandas, janelas e caixas de ar-condicionado, não deixar restos de alimentos que possam servir aos pombos, utilizar grampos em beirais para evitar que as aves pousem, acondicionar corretamente o lixo e nunca alimentar as aves.