Giana Milani

Wakepoint fica a poucos minutos do Centro da Capital

Apaixonados por esportes aquáticos criam escola de surfe no Guaíba

Giana Milani

Wakepoint fica a poucos minutos do Centro da Capital

Na Ilha dos Marinheiros, a poucos minutos do Centro de Porto Alegre, um espaço aconchegante, com piscina e vista para o Guaíba, virou negócio para a família de Danielle Schleiniger Alves, em 2017. Mas não é um negócio como outro qualquer, trata-se de algo quase inimaginável para os moradores da cidade, pouco acostumados à prática de esportes aquáticos. Entre outras coisas, o Wakepoint oferece aulas de surfe na água que emoldura a Capital dos gaúchos. 
Na Ilha dos Marinheiros, a poucos minutos do Centro de Porto Alegre, um espaço aconchegante, com piscina e vista para o Guaíba, virou negócio para a família de Danielle Schleiniger Alves, em 2017. Mas não é um negócio como outro qualquer, trata-se de algo quase inimaginável para os moradores da cidade, pouco acostumados à prática de esportes aquáticos. Entre outras coisas, o Wakepoint oferece aulas de surfe na água que emoldura a Capital dos gaúchos. 
Para quem está se perguntando como isso é possível, a resposta está no uso de equipamentos. Uma lancha, com capacidade para nove pessoas, puxa o surfista por um cabo na arrancada e, depois, o motor do veículo é que gera as ondas. O ritmo da experiência fica ainda mais animado com uma trilha sonora nas alturas. 
Após 12 anos vivendo no local, Danielle, o marido, Daniel, e os filhos, Pedro, 15 anos, e Gabriel, 22, decidiram se mudar, mas não abriram mão da propriedade. “Tínhamos um apartamento próximo ao Shopping Iguatemi que alugávamos. Casualmente, a inquilina pediu para sair e nos mudamos para lá”, recorda Danielle. Com a mesma renda familiar e duas residências para manter, a alternativa encontrada foi fazer o lugar se transformar em faturamento. Assim, nasceu o Wakepoint.
LUIZA PRADO/JC
O empreendimento, tocado com o auxílio do campeão brasileiro de wakeboard (categoria adulto) Heiner Hofmann, e de Maryane Estrella, propõe aulas de diversas modalidades, a partir de R$ 200,00 por 30 minutos de prática. O valor inclui equipamento e instrução.
Os sócios dizem que até quem nunca fez nada parecido pode participar das experiências. Diante ao receio da população em entrar no Guaíba, Danielle garante que a água nesse ponto do rio é boa para banho. “As pessoas têm muita ilusão porque a água é escura. Mas é mais limpa que em muitas praias do Rio de Janeiro”, justifica a matriarca, que cita um relatório técnico de um laboratório de análises químicas, emitido em 2018, com a classificação da água como própria, com subcategoria excelente.
Com custos fixos de manutenção, entre eles energia elétrica e condomínio, os sócios procuraram ampliar a oferta de lazer para os visitantes. A ideia foi criar um passe diário (R$ 40,00 por pessoa), que permite o cliente desfrutar da calmaria. "As pessoas podem trazer comida, mas a bebida tem que ser consumida aqui. É nisso que a gente ganha dinheiro", afirma Danielle. Quem tem pet, pode levar também, já que o negócio é petfriendly. O empreendimento, que está chamando atenção de marcas apoiadoras, como a Quiksilver, disponibiliza kits para churrasco completo (R$ 150,00). Isso possibilitou um dezembro com bastante movimento, já que empresas escolheram o espaço para fazerem suas festas de final de ano. O cenário com vista para os prédios da Capital já teve, ainda, aniversários, formaturas e até casamentos. Além de set para filmagens de programas de TV. 
Mauro Belo Schneider/Especial/JC
O ambiente do Wakepoint é familiar, mas o público de 20 a 30 anos costuma circular bastante por lá para praticar as modalidades. Amante da água, Daniella diz não entender o porquê a capital vira tanto as costas para o Guaíba. “Sempre gostamos muito mais do rio do que qualquer outra coisa da cidade. Eu não sei o que as pessoas fazem aqui no final de semana, vão para a praça ou para o shopping”, comenta.
Publicitária, se afastou da comunicação depois de enfrentar um câncer de mama. Mesmo com a vida profissional agitada, fazia questão, enquanto trabalhava, de passar fins de semana com a família sem sair de casa na Ilha. Essa relação dela e de Daniel com a natureza foi transmitida para os filhos. Ela conta que nunca pensaram em se desfazer da casa. “Meu marido teria um ataque”, brinca.
LUIZA PRADO/JC
Giana Milani

Giana Milani - repórter do GeraçãoE

Giana Milani

Giana Milani - repórter do GeraçãoE

Leia também

Deixe um comentário