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Jornal do Comércio

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Sial 2018

20/10/2018 - 18h30min. Alterada em 21/10 às 15h50min

Comitiva brasileira abre trabalhos para Sial 2018

 Florent Mailly orientou sobre a conduta na relação com potenciais clientes

Florent Mailly orientou sobre a conduta na relação com potenciais clientes


PATRICIA COMUNELLO/ESPECIAL/JC
Patrícia Comunello
A maior comitiva brasileira em uma edição da Feira Sial, em Paris, abriu os trabalhos para aproveitar os trunfos de uma das maiores feiras de alimentação do mundo e conhecida pela inovação do que chega à mesa.
Neste sábado (2), a organização da missão, liderada por federações de indústrias e Sebrae - com Fiergs e Sebrae-RS, repassou a agenda de visitas técnicas no local da feira e em indústrias, lojas e serviços em Paris e arredores. São quase cem integrantes na comitiva que já chegaram à cidade. O clima de sol e temperatura de um pouco menos de 10 graus animaram os participantes.
No grupo, estão 45 empresas - a maior parte de micro a pequenos negócios -, sendo 15 gaúchas. O Rio Grande do Sul e o Ceará trouxeram o maior número, com 15 cada um. A federação gaúcha encabeça a organização da missão, pela rede de centros de negócios internacionais (CIN) da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e suas coligadas, com apoio da ApexBrasil.
O diretor do Centro de Negócios Internacionais da Fiergs, Kurt Ziegler, destacou que é a maior número de participantes desde que comitivas brasileiras passaram a vir à Sial, desde 2006. Este ano serão 20 anos da criação do CIN, que coincidiu com a estreia na Sial. A mostra francesa é bianual. No ano em que não tem Paris, ocorre a Feira de Anuga, em Colônia, na Alemanha, também muito concorrida e que tem a presença do Brasil, incluindo o Sul.
"Cada vez mais as empresas abrem a mente para a internacionalização e buscam alternativas. A feira é na França, mas o objetivo é fazer contatos com os compradores que vêm aqui", observa Ziegler. São mais de 7 mil expositores na mostra e a expectativa que visitantes de quase 200 países passem pelo parque de exposições Paris-Nord Villepinte.
O presidente da Federação das Indústrias de Goiás, Pedro Alves de Oliveira, falou na primeira rodada de trabalhos que o apoio das entidades e do Sebrae, incluindo ajuda de custo para trazer empresas, é fundamental. "Muitos não viriam sem isso, o que ajuda a desenvolver a cultura da exportação, pois não só as grandes podem participar, mas as MPEs também", destaca Oliveira. De Goiás, vieram três empresas.
O dirigente ainda comentou ainda sobre expectativa do desfecho eleitoral no Brasil para as políticas de comércio exterior e defendeu que o fluxo internacional de dentro para fora gera empregos, que é o que país mais está precisando. "A importação exporta empregos", contrapõe o presidente da federação do centro-oeste.
No esquenta para Sial, o sócio da Cap Brésil, que ajuda a formar agendas e visitas dos brasileiros com potenciais clientes e pontos de conhecimento, Florent Mailly, orientou sobre a conduta na relação com os estrangeiros principalmente os europeus. São dicas que incluem a cultura de europeus para encontros e para ampliar o conhecimento de produtos à pontualidade, tempo para entregar encomendas e as respostas a questionamentos sobre o que as empresas brasileiras querem vender.
"Os franceses e alemães, principalmente, perguntam muito, mas isso não é sinal e desconfiança com o que o brasileiro pode entregar", previne Mailly. 
>> Assista a 4 dicas de Florant Mailly para começar a abrir mercado no exterior
Estreante na Sial, a empreendedora da startup Da Origem, um e-commerce de produtos orgânicos e locais com sede na serra gaúcha, Alexandra Balzaretti, diz que busca conhecer modelos de negócios de marcas francesas que já atuam neste segmento. Negócios que envolvem a produção local e o consumidor final crescem muito no país, além da busca por produtos de origem orgânica.
Na comitiva do Sebrae-RS, estão oito empresas, entre elas ainda o Sabores da Querência (agroindústria), Pasmania (pastelaria), Pastificio Italiano (produção de massas frescas), Gambrinus (restaurante), Cervejaria Microbier e a Imperatriz Doces Finos (doceria de Pelotas). Os integrantes buscam referências sobre processos de produção, canais de vendas, apresentação de produtos (embalagens) e comunicação, como estratégia de marca.
Outra gaúcha que está na Sial é a Florestal, conhecida marca de balas e doces com sede em Lajeado. Angélica Niero, que representa a marca Boavistense, que é do portfólio da Florestal, diz que o foco é abrir mais mercados. A Florestal já exporta para mais de 100 países em diversas regiões do mundo.
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