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Economia

- Publicada em 13 de Maio de 2019 às 18:39

Ibovespa cai 2,69% e atinge menor pontuação em 4 meses

Sinais de agravamento da guerra comercial entre Estados Unidos e China foram determinantes

Sinais de agravamento da guerra comercial entre Estados Unidos e China foram determinantes


NELSON ALMEIDA/AFP/JC
Agência Estado
Uma nova onda de aversão ao risco varreu os mercados de ações pelo mundo nesta segunda-feira (13) e a bolsa brasileira não ficou imune às ordens de venda, exercidas sobretudo por investidores estrangeiros. Os sinais de agravamento da guerra comercial entre Estados Unidos e China foram determinantes para a queda de 2,69% do Ibovespa, que fechou aos 91.726,54 pontos. Esta é a menor pontuação do índice desde 7 de janeiro (91.699 pontos).
Uma nova onda de aversão ao risco varreu os mercados de ações pelo mundo nesta segunda-feira (13) e a bolsa brasileira não ficou imune às ordens de venda, exercidas sobretudo por investidores estrangeiros. Os sinais de agravamento da guerra comercial entre Estados Unidos e China foram determinantes para a queda de 2,69% do Ibovespa, que fechou aos 91.726,54 pontos. Esta é a menor pontuação do índice desde 7 de janeiro (91.699 pontos).
Desde a segunda-feira (6), quando o presidente Donald Trump anunciou que elevaria de 10% para 25% a tarifa de importação sobre US$ 200 bilhões em produtos chineses, o Ibovespa já perdeu 4,46% do seu valor nominal e 5,43% em moeda estrangeira. O agravante nesta segunda foi a retaliação anunciada pela China, de que vai impor novas tarifas sobre US$ 60 bilhões em produtos americanos a partir de 1º de junho.
"O recrudescimento da retórica míngua a esperança de um acordo no curto prazo e reacende os temores quanto a uma desaceleração acentuada da economia global", disse Sandra Peres, analista-chefe da Coinvalores em relatório a clientes.
Segundo Alvaro Bandeira, economista-chefe da Modal Mais, a dúvida entre os investidores é se Trump está apenas sendo o "fanfarrão" de sempre - utilizando as sobretaxações como forma de pressionar a China -, ou se ele levará a guerra comercial à frente. "Se ele voltar atrás, os mercados se recuperam. Mas se levar à frente, boa parte do estrago já terá sido antecipado", afirma.
Embora o ambiente doméstico não tenha trazido novidades significativas, o economista afirma que as preocupações com a reforma da Previdência não saíram do radar. "Com a reforma da Previdência no centro das atenções, estão também no radar as relações entre Jair Bolsonaro e Rodrigo Maia e também das diferentes alas do governo, principalmente entre militares e os filhos do presidente", afirma Bandeira.
Das 66 ações que compõem a carteira teórica do Ibovespa, somente 2 fecharam em alta. Foram elas: Via Varejo ON (+2,60%) e BRF ON (+0,33%). Entre as quedas mais expressivas estiveram CVC ON (-7,68%) e Gol PN (-7,02%), por conta de incertezas com o futuro da Avianca. As ações da Petrobras caíram 2,86% (ON) e 2,92% (PN), alinhadas à queda do petróleo no mercado externo. Vale ON perdeu 4,10%, refletindo os temores da guerra comercial. Entre os bancos, destaque para Banco do Brasil ON (-3,63%) e Bradesco PN (-2,43%).
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