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Economia

- Publicada em 02 de Maio de 2019 às 21:24

Estudo sobre Cais Mauá será entregue no dia 10

Concessão do local foi assinada em 2010, mas obras não começaram

Concessão do local foi assinada em 2010, mas obras não começaram


MARIANA CARLESSO/JC
Adriana Lampert
As consequências jurídicas de possíveis decisões do Executivo estadual no que se refere à manutenção ou rescisão do contrato de concessão para revitalização do Cais do Porto foram apresentadas ontem ao governador Eduardo Leite pelo procurador-geral do Estado (PGE), Eduardo Cunha da Costa. Após apresentar análise de uma possível prorrogação, requerida pela empresa vencedora da licitação há mais de nove anos, a equipe de quatro procuradores, que também avaliou as condições e implicações de um eventual rompimento de contrato, agora deve finalizar o estudo, a partir de duas diretrizes do governo.
As consequências jurídicas de possíveis decisões do Executivo estadual no que se refere à manutenção ou rescisão do contrato de concessão para revitalização do Cais do Porto foram apresentadas ontem ao governador Eduardo Leite pelo procurador-geral do Estado (PGE), Eduardo Cunha da Costa. Após apresentar análise de uma possível prorrogação, requerida pela empresa vencedora da licitação há mais de nove anos, a equipe de quatro procuradores, que também avaliou as condições e implicações de um eventual rompimento de contrato, agora deve finalizar o estudo, a partir de duas diretrizes do governo.
Em reunião (a portas fechadas) ocorrida nesta quinta-feira, no Centro Administrativo Fernando Ferrari (CAFF), ficou definido que a solução jurídica para o impasse deve preservar o projeto maior, permitindo que a área passe a ser utilizada pela comunidade de forma imediata. A partir disso, a PGE vai formular um parecer final, com os argumentos técnicos detalhados, a ser apresentado no próximo dia 10 de maio. Feito isso, a decisão do Governo será divulgada na última semana do mês.
A concessão do Cais Mauá por 25 anos foi assinada em 2010 pelo Consórcio Cais Mauá do Brasil, mas a empresa ainda não deu início às obras. Antes de chegar à PGE, o cenário foi analisado por um grupo de trabalho (GT) composto por integrantes da Secretaria de Logística e Transportes e da Superintendência do Porto do Rio Grande. Além dos representantes do governo federal, Leite já se reuniu com a concessionária Cais Mauá do Brasil e com o prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior, uma vez que as licenças ambientais cabem ao Município.
"Precisamos viabilizar o projeto de revitalização do Cais do Mauá, um espaço muito nobre e estratégico, ao lado da Orla do Guaíba, que é muito importante para os porto-alegrenses e impactará no desenvolvimento de todo o Estado", destacou Leite. O governador reforçou à PGE a necessidade de análise de uma possível reabertura da área do Embarcadero (antigo Marco Zero), para que a comunidade possa usufruir do espaço.
"É uma situação que se estende há nove anos, mais da metade do tempo de concessão", observa Costa, ao avaliar a diretriz que pretende entregar resultados a curto prazos para a comunidade. "Existiriam mais de uma forma de se fazer isso", explicou ao ser questionado pela reportagem. Uma delas seria abrir licitação. A outra, realizar uma contratação emergencial para viabilizar que as portas do Cais do Porto voltem a se abrir para os moradores e visitantes da Capital.
"Não podemos perder o apetite de investidores querendo revitalizar parte da área, enquanto se discute o contrato", justifica o superintendente do porto do Rio Grande, Fernando Estima, defendendo a entrega imediata de parte da área do Cais à comunidade. "É importante manter o interesse de manutenção mínima do antigo Marco Zero", ressalta. O gestor avalia que, apesar da necessidade de agilizar o entendimento, "tudo está sendo feito com muita responsabilidade".
Na avaliação de Estima, a reunião desta quinta-feira "foi muito positiva, porque foram apresentadas várias alternativas para manter ou romper de comum acordo (ou mesmo enfrentamento) o contrato atual". Costa detalha que o estudo final irá apresentar soluções também para a área que hoje é da Poligonal Portuária (que exige comum acordo entre Estado e União em qualquer iniciativa de uso), a fim de que o Estado passe a ter total autonomia na gerência do espaço. O procurador-geral afirma que é preciso cautela na decisão. "Envolve avaliar a lei de Portos, entre outros pleitos junto ao Ministério da Infraestrutura. Mas, uma vez que deixe de ser considerada área portuária (e considerando que já está em desuso neste sentido), o local pode ser incluído no projeto, ampliando a área a ser revitalizada."
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