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Economia

- Publicada em 07 de Março de 2019 às 18:37

Leite diz que operação na CRM 'escancara' dificuldades de gerenciar estatais

Governador listou dificuldades no gerenciamento de estatais que podem levar a ter problemas

Governador listou dificuldades no gerenciamento de estatais que podem levar a ter problemas


CLAITON DORNELLES /JC
Patrícia Comunello
O governador gaúcho, Eduardo Leite (PSDB), afirmou nesta quinta-feira (7) que a operação que investiga fraude em contratos da Companhia Riograndense de Mineração (CRM) "escancara as dificuldades para gerenciar uma empresa pública".
O governador gaúcho, Eduardo Leite (PSDB), afirmou nesta quinta-feira (7) que a operação que investiga fraude em contratos da Companhia Riograndense de Mineração (CRM) "escancara as dificuldades para gerenciar uma empresa pública".
Leite evitou associar os fatos que envolvem a Operação Cinerum com eventual impacto favorável à proposta do governo de privatizar a estatal que depende de aprovação na Assembleia Legislativa. Proposta de Emenda Constitucional que tramita na AL remove da Constituição Estadual a exigência de plebiscito para a alienação do capital da CRM. A medida atinge ainda CEEE e Sulgás. Os ativos, caso possam ser alienados, devem ser usados pelo governo para negociar o acordo para adesão ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF) da União. 
"Não estou pensando em usar isto como argumento para reforçar (a privatização), mas sem dúvida nenhuma escancara as dificuldades que é gerenciar uma empresa pública", arrematou o governador.
Logo que veio à tona a apuração, na manhã desta quinta na ação da Polícia Civil que fez buscas na sede da empresa em Porto Alegre, o governador passou a buscar mais detalhes. Pela manhã, o chefe do governo teve posse da secretária Ana Amélia Lemos na pasta Extraordinária de Relações Federativas e Internacionais e ainda falou com jornalistas de veículos gaúchos em evento com as assessorias de comunicação de órgãos estaduais. 
Leite se limitou a avaliar a condição de empresas de origem pública e quanto pode haver risco ou maior exposição a irregularidades. O governador lembrou que a CRM foi vítima de empresas de fora do negócio. 
"Qual é o grande argumento para uma empresa estatal: se for bem gerenciada dá lucro. Só que é difícil ser bem gerenciada com todas as amarras que têm a administração pública, como a dificuldade de escolha das pessoas, na falta de continuidade administrativa porque troca o governo, questões de licitação e concurso público. Tudo é muito difícil para gerenciar bem. Aí eventualmente surgem problemas como esse", observa Leite.
O atual governo promete mais rigor com estatais. Uma unidade sobre estatais, vinculada à Secretaria Estadual de Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplag), foi criada para acompanhamento das empresas, com monitoramento da gestão, dados, relatórios e funcionamento geral das empresas, desde as que estão na mira da privatização até Banrisul, que é a mais valiosa e onde o Estado tem controle acionário, e outras estatais entre elas a Corsan. "O grupo foi criado para identificar os números e tomar decisões baseadas em evidências e vai garantir rigor técnico para avaliar a conveniência de se ter ou não a estatal."
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