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Varejo

- Publicada em 28 de Fevereiro de 2019 às 23:20

Lojistas percebem novos hábitos entre foliões

Comércio nota maior procura por pintura facial e acessórios leves

Comércio nota maior procura por pintura facial e acessórios leves


MARIANA CARLESSO/JC
A proximidade do Carnaval não é um motivo de comemoração apenas para os foliões, mas também para os comerciantes e funcionários das lojas da rua Senhor dos Passos, no Centro da Capital, onde se concentra a venda de fantasias e artigos carnavalescos em Porto Alegre.
A proximidade do Carnaval não é um motivo de comemoração apenas para os foliões, mas também para os comerciantes e funcionários das lojas da rua Senhor dos Passos, no Centro da Capital, onde se concentra a venda de fantasias e artigos carnavalescos em Porto Alegre.
De acordo com uma pesquisa feita pelo Sindilojas Porto Alegre com lojistas da área, a expectativa de gasto médio do público para este ano é de R$ 73,00, um aumento considerável em relação aos R$ 45,00 de gasto médio estimado no mesmo período do ano passado. Segundo o levantamento, as mercadorias mais procuradas são fantasias, máscaras, tiaras e óculos de brinquedo para caracterização, além de confete, serpentina e espuma em lata.
De acordo com Quelem Pinheiro, gerente da loja de artesanato Linna, o produto que mais se destacou na procura, neste ano, foi o glitter ecológico, cuja demanda foi tão grande que chegou a ficar em falta. Diferentemente do glitter comum, que pode poluir o solo de rios e mares, e contaminar a vida marinha, a versão ecológica é biodegradável e não representa risco para o meio ambiente. Quelem percebe que o aumento das vendas do glitter biodegradável também é consequência de uma maior conscientização dos consumidores em relação ao meio ambiente. "A gente disponibiliza esses artigos durante todo ano, e as pessoas têm procurado bastante produtos sustentáveis, como copos e canudos", diz.
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Glitter biodegradável vem ganhando popularidade em relação ao comum. Foto Mariana Carlesso/JC
Quelem nota que há uma mudança na forma que a população participa da festa, na qual fantasias prontas e mais elaboradas passaram a ser substituídas por roupas mais leves. "Hoje, com R$ 10,00 é possível se fantasiar tranquilamente. Com uma bermuda jeans, uma camiseta branca e uma pintura no rosto tu já tá pronto para ir para o carnaval. Ficou muito mais prático", diz.
Essa mudança também é percebida pela empresária Marlene Campos, da loja 1001 Novidades, especializada em fantasias e adornos. Ela nota que os produtos mais populares, neste ano, são plumagens, tiaras e diferentes arranjos para usar na cabeça. Entre fantasias prontas mais comercializadas, ela destaca as indumentárias de personagens como Ladybug - da animação infantil Miraculous - e a super-heroína Mulher-Maravilha. Outro produto bastante vendido são saias de tule, populares nos blocos de rua, e que são procuradas tanto por mulheres quanto por homens.
Marlene lamenta que há pessoas que criticam o Carnaval sem entender a importância do evento para o comércio. "Claro que as vezes atrapalha, tem som, barulho, mas é por pouco tempo", diz. Mas ela afirma que "é uma festa tradicional do Brasil, a maior festa, e isso gera uma grande economia, direta ou indiretamente".
Quelem acredita que a incerteza sobre a realização dos desfiles de Carnaval no Porto Seco - que não ocorreram em 2018 e que vão acontecer apenas no fim de março neste ano - também é um dos motivos para a mudança nos hábitos de consumo. "Eu acho que isso de 'vai ter Carnaval, não vai ter Carnaval' brecou um pouco o público. Antes, quando tinham os desfiles, se via mais movimentação", afirma. "Agora, com a função de Carnaval só na Cidade Baixa, sinto que diminuiu, e o pessoal ficou retraído."

Varejo deve crescer 3,5% em 2019, segundo Ibevar

Os indicadores do primeiro trimestre de 2019 já apontam para a continua recuperação da economia e do varejo, mesmo que de forma lenta e gradual. A previsão do Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo (Ibevar) é um crescimento de 3,5% do varejo ampliado, determinado pelos segmentos de veículos e material de construção.
Para o presidente do Ibevar, Claudio Felisoni de Angelo, esse aumento está relacionado à retomada da economia e a volta da confiança do consumidor. "O balanço do último trimestre de 2018 já apontava para um progresso. Acredito que, em 2019, o varejo apresentará bons resultados, tendo em vista a definição do quadro político e a própria sucessão de anos anteriores muito ruins", considera.
Felisoni associa o tardio aquecimento do varejo ao cenário político enfrentado nos últimos anos. "O período anterior às eleições foi de profunda incerteza para a população. O quadro político tem contribuído na recuperação da confiança do consumidor", avalia.
"Os primeiros meses revelam, ainda, um crescimento lento das vendas. Uma melhora mais acentuada deve ocorrer no segundo semestre. O impacto das políticas econômicas leva alguns meses para surtir efeito, e precisamos analisar esse período de retomada", completa o presidente do Ibevar.