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CONSUMO

- Publicada em 08 de Outubro de 2018 às 03:02

Indústria de brinquedos aposta no Dia das Crianças

Xalingo produz 22 mil itens por dia e investe em produtos acessíveis

Xalingo produz 22 mil itens por dia e investe em produtos acessíveis


/XALINGO/DIVULGAÇÃO/JC
Em meio a ano de baixa demanda em razão de eventos que desviam o foco do consumidor, a expectativa do setor industrial para o Dia das Crianças é de aumento de 7,5% na relação com a procura para a semana da criança de 2017, segundo a Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq). Para atingir a meta, o segmento investiu na criação de cerca de 700 modelos de brinquedos. "Não é um ano de grandes emoções comerciais. Então, o que fazemos é uma tentativa de compensar o marasmo do ano com os lançamentos", comenta o presidente da associação, Synésio da Costa. O setor registrou altas nos primeiros três meses do ano, depois disso, apenas empatou com o desempenho do ano passado e passou a registrar quedas em julho e agosto.
Em meio a ano de baixa demanda em razão de eventos que desviam o foco do consumidor, a expectativa do setor industrial para o Dia das Crianças é de aumento de 7,5% na relação com a procura para a semana da criança de 2017, segundo a Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq). Para atingir a meta, o segmento investiu na criação de cerca de 700 modelos de brinquedos. "Não é um ano de grandes emoções comerciais. Então, o que fazemos é uma tentativa de compensar o marasmo do ano com os lançamentos", comenta o presidente da associação, Synésio da Costa. O setor registrou altas nos primeiros três meses do ano, depois disso, apenas empatou com o desempenho do ano passado e passou a registrar quedas em julho e agosto.
Somente a Xalingo Brinquedos produziu mais de 10 novidades pensadas para o Dia das Crianças, em um ano de cerca de 100 lançamentos. "O mercado é bastante demandado em termos de novidades, damos destaque as linhas do Mickey e das princesas", comenta o gerente nacional de vendas, Alexandre Marques, ao explicar que personagens costumam ser bastante atrativos. A indústria, que produz 22 mil produtos ao dia, aposta em brinquedos acessíveis, entre R$ 39,00 e R$ 69,00 nos pontos de venda para esta edição da comemoração.
Até o início da campanha eleitoral, a empresa registrava alta de 10% de aumento em faturamento na relação com o ano anterior, segundo o gerente. Com as distrações do pleito, explica Marques, no mês de setembro, quando a maior parte dos lojistas abastecem os estabelecimentos para a data, o crescimento recuou para cerca de 7%. Mesmo assim, a projeção do gerente é de que, se houver um bom giro de mercadorias durante essa semana, o varejo voltará a procurar a indústria após a data e será possível fechar 2018 atingindo a meta de 12%.
Costa observa que os consumidores brasileiros tendem a procurar brinquedos mais desenvolvidos, que contam, muitas vezes, com tecnologia embarcada. Por outro lado, não são itens que tornam a criança o expectador da brincadeira a maior aposta da indústria nacional. "Os japoneses sim, passam muito tempo apertando botões e se divertindo. Aqui, estimamos que 1h seja a média que uma criança passe entretida não sendo o ativo", relata. Dos mais de 4,7 mil modelos disponibilizados pela indústria nacional, cerca de 70% deixam o protagonismo para os pequenos.
O desafio do setor, no entanto, é responder por 60% das vendas do mercado nacional até o fechamento do ano. Segundo Costa, em 2017, 59% foi a participação da indústria nacional no segmento de brinquedos no mercado interno. Costa avalia que o maior impedimento está na falta de competitividade na questão dos preços frente ao principal concorrente dos brinquedos brasileiros, a China. "Para ganhar um ponto dos chineses, a gente sangra. A carga tributária incidente em nossos brinquedos é de 38%, enquanto os chineses enfrentam apenas 3%", argumenta.
Apesar de lamentar que o "DNA do consumidor é pagar mais por menos" no Brasil, outro fato pode ajudar a expansão do segmento internamente, segundo Costa. O dólar elevado, circulando em torno dos R$ 4,00, favorece o segmento, pela avaliação do dirigente, uma vez que a indústria brasileira adquire menos de 1% do total de suas peças no mercado externo. Majoritariamente, mecanismos de articulação de bonecos e dispositivos de voz são adquiridos em mercados como EUA, Japão e Espanha. Assim, o setor projeta terminar 2018 com US$ 4,5 bilhões de faturamento, 7% a mais do que o total do ano passado.

Varejistas esperam crescimento na procura por presentes durante esta semana

Beatriz Dias contratou cinco funcionários para atender na Del Turista

Beatriz Dias contratou cinco funcionários para atender na Del Turista


/MARCO QUINTANA/JC
Com o quinto dia útil de outubro tendo caído na última sexta-feira, as primeiras compras para o Dia das Crianças iniciaram-se ainda neste fim de semana. Contudo, dirigentes do varejo ressaltam que a intensificação da procura deve ocorrer apenas na véspera do dia 12 de outubro, como de costume. Ciente da maior demanda, a supervisora-geral da loja de brinquedos Del Turista, Beatriz Dias, contratou cinco funcionários. A expectativa é de que o quadro extra permaneça na loja até o Natal - outra data importante para o segmento.
Assim, Beatriz espera encerrar as vendas de outubro com aumento em torno de 8% na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Para chegar ao número, porém, a gestora precisou iniciar promoções ainda em agosto, que baixaram preços de uma boneca Rapunzel de R$ 179,99 para R$ 89,95, por exemplo, negociando quantidade com o fornecedor. Desta maneira foi possível atingir o crescimento de 8% ainda em setembro, na relação com o mesmo mês de 2017, em um ano de pouca demanda do consumidor.
O presidente do Sindilojas Porto Alegre, Paulo Kruse, comenta que o movimento esperado no comércio da Capital deve atingir R$ 205 milhões, uma vez que 68% da população cima de 18 anos pretende presentear a alguém. O tíquete médio projetado é de R$ 119,00. Levantamento realizado pela entidade aponta que pagamento à vista em dinheiro deve ser a preferência de 44%, e cartões de crédito devem responder por 33%.
Para este Dia das Crianças, a liderança de intenção de compra voltou a ser brinquedos, após o evento em 2017 sinalizar que as roupas foram os presentes mais procurados. Kruse lembra que a preferência por itens de vestuário ou para diversão alterna conforme as temperaturas e a necessidade do consumidor, quanto aos brinquedos, a demanda por produtos que estimulam o desenvolvimento infantil seguem como tendência. Beatriz explica que estes produtos costumavam ter maior valor agregado, o que fez com que marcas nacionais como a Calesita, de Santa Catarina, voltassem-se ao nicho, custando até 50% a menos do que marca itens semelhantes da norte-americana Mattel.
A procura por brinquedos de menor valor, segundo o presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul (FCDL-RS), Vitor Koch, é fruto de um cenário de recessão vivido pelo consumidor. "Isso, acrescido ao momento de incerteza das eleições, aumenta o receio de endividamento", relata. Pela projeção da entidade, a venda de brinquedos deve crescer cerca de 4% ante o mesmo período do ano passado.