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Porto Alegre, quinta-feira, 19 de abril de 2018.

Jornal do Comércio

Política

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Operação Lava Jato

Notícia da edição impressa de 20/04/2018. Alterada em 19/04 às 20h23min

Ministro manda nova ação sobre 2ª instância ao pleno

Ministro Marco Aurélio deu prosseguimento à ação de autoria do PCdoB

Ministro Marco Aurélio deu prosseguimento à ação de autoria do PCdoB


/JOSÉ CRUZ/AGÊNCIA BRASIL/JC
O ministro Marco Aurélio, do Supremo Tribunal Federal (STF), enviou para julgamento no plenário da corte, nesta quinta-feira, uma nova Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC) contra a prisão após a condenação em segunda instância. O processo foi aberto na quarta-feira pelo PCdoB.
A inclusão da ADC na agenda do plenário depende agora da presidente Cármen Lúcia, responsável pela elaboração da pauta de julgamentos. Marco Aurélio enviou a ação ao pleno antes de decidir sobre a concessão ou não de uma liminar (decisão provisória) solicitada pelo partido.
Na nova ADC, assinada pelo jurista Celso Bandeira de Mello, que representa o PCdoB, o partido defende que uma pessoa só pode ser considerada culpada após o chamado trânsito em julgado, quando não cabem mais recursos em nenhuma instância da Justiça, incluindo o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e o próprio STF.
A legenda pede uma liminar urgente para "impedir e tornar sem efeito qualquer decisão que importe em execução provisória de pena privativa de liberdade sem a existência de decisão condenatória transitada em julgado".
A ação foi aberta pelo partido logo após a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que teve um habeas corpus preventivo negado pelo STF sob o argumento de que o entendimento atual da corte permite a execução provisória de pena logo após o encerramento do processo em segunda instância, sem que seja necessário aguardar os recursos a instâncias superiores.
Outras duas ADCs sobre o assunto tramitam no STF, uma de autoria da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e outra aberta pelo PEN (Partido Ecológico Nacional). O mérito de ambas ainda não foi julgado, mas Cármen Lúcia já indicou que não pretende incluí-las na pauta do plenário.
Horas depois de o STF ter negado o habeas corpus de Lula, em sessão encerrada na madrugada do último dia 5, o advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, conhecido como Kakay, que representava o PEN, entrou com um pedido de liminar para garantir a liberdade de todos os condenados em segunda instância que ainda tenham recursos pendentes.
Logo em seguida, o presidente do partido, Adilson Barroso, destituiu o advogado e pediu a suspensão da ação, afirmando que o PEN é de direita e, por isso, não poderia defender algo com o potencial de beneficiar Lula.

Raquel Dodge defende prisão de Lula em manifestação ao STF

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, voltou a defender, em manifestação enviada ontem ao Supremo Tribunal Federal (STF), a execução da pena de prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que é alvo de questionamento da defesa na corte.
Após Lula ser preso, no dia 7 de abril, seus advogados entraram com uma reclamação no STF, alegando que o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) errou em não aguardar o encerramento do trâmite na segunda instância antes de autorizar a execução da pena de 12 anos e um mês a qual o ex-presidente foi condenado pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, no caso do triplex do Guarujá (SP).
Raquel Dodge rebateu os argumentos, afirmando que "não fazem qualquer sentido do ponto de vista jurídico". Para ela, não restava a Lula mais nenhum recurso na segunda instância capaz de suspender os efeitos da condenação, motivo pelo qual a prisão do ex-presidente foi legal.
Poucas horas depois de o STF ter negado um habeas corpus preventivo a Lula, em julgamento encerrado na madrugada do dia 5 de deste mês, o TRF-4 expediu um ofício comunicando o resultado ao juiz federal Sérgio Moro, responsável pela condenação na primeira instância, e autorizando-o a emitir a ordem de prisão, que foi então expedida pelo magistrado logo em seguida.
A defesa quer que a prisão seja considerada ilegal sob o argumento de que o TRF-4 deveria ter aguardado o julgamento dos embargos de declaração interpostos contra a decisão de março que negou os primeiros embargos de declaração na segunda instância. Estes embargos dos embargos foram julgados apenas na terça-feira, mais de 10 dias após a prisão. Além dos embargos dos embargos, os advogados argumentaram que o TRF4 também deveria ter aguardado, antes de autorizar a execução de pena, o exame de admissibilidade dos recursos especial e extraordinário que pretendem protocolar contra a condenação. Tais apelações são destinadas às instâncias superiores, mas devem primeiro ser analisados pela segunda instância.
Raquel Dodge argumentou que tais recursos especial e extraordinário também não têm efeito suspensivo. "Em outras palavras, estes recursos para os tribunais superiores não impedem que o acórdão condenatório produza seu efeito próprio e natural, como o cumprimento imediato da pena", escreveu a procuradora-geral da República.
A reclamação da defesa de Lula já foi rejeitada pelo ministro-relator, Edson Fachin, mas os advogados entraram com uma nova apelação, chamada agravo regimental, e que deve ser analisada pelos demais ministros do STF.
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