O litoral de Santa Catarina registrou na manhã desta sexta-feira (13), por volta das 9h30min, um abalo que chegou a 3,6 pontos na escala Richter. A ocorrência foi à leste da ilha de Florianópolis, capital do estado, e pode ser visualizada no site do Observatório Sismológico, da Universidade de Brasília (UNB). Porém, a Defesa Civil do estado informou, em nota, que uma instituição norte-americana indicou que o epicentro do sismo teria sido em terra e com 3,2 pontos na escala mais usada para monitorar terremotos.
Uma esfera vermelha em movimento indica o ponto do tremor, último registrado pelo serviço. Segundo o site, a localidade foi Florianópolis. A ocorrência foi às 12h28min44seg no horário de Londres, cujo fuso horário é três horas a mais que o Brasil. A latitude foi de -27.74° e a longitude de -47.75°. A magnitude foi de 3,6 pontos. O serviço ressalva que o fenômeno está sendo ainda analisado
A Defesa Civil catarinense informa que recebeu muitos relatos de moradores em diversas cidades sobre tremores. O órgão está verificando os chamados e tranquiliza que até o fim da manhã não há registro de estragos. Equipes estão em campo para averiguar eventuais danos. A Defesa Civil orientou que as pessoas tenham calma.
Em nota, a Defesa Civil afirma, a partir de informações do Centro de Sismologia da UNB e Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP), que "o sismo caracteriza-se por ser de baixa magnitude, o que não oferece riscos secundários como da ocorrência de tsunamis". "A provável causa da ocorrência se deve a uma possível acomodação da placa tectônica sul-americana localizada entre outras placas tectônicas, com destaque para as placas de Nazca e Africana, no contato oeste e leste, respectivamente."
O United States Geological Survey (USGS), instituição científica norte americana que emitiu dados registrados sobre o sismo, indicou que o epicentro foi no município de Santo Amaro da Imperatriz, região continental e distante 31 quilômetros da capital, e com magnitude de 3,2 pontos na escala Richter, diferentemente do que apontaram as duas universidades brasileiras.
"Diante das divergências de informações entre as instituições brasileiras e norte-americana, a Secretaria de Estado da Defesa Civil apura maiores detalhes sobre o ocorrido, a fim de oferecer à comunidade científica e civil uma informação precisa e clara", . Além disso, o órgão esclarece que os eventos "são atípicos para a região sul do território brasileiro". "Foi o evento de maior magnitude nos últimos dois anos."