Aos 16 anos, o estudante porto-alegrense de Ensino Médio João Pedro Prates é o mais recente orgulho do cinema gaúcho. Visto em muitas salas Brasil afora no papel cômico de Augusto Madeira em O filme da minha vida, de Selton Mello, o jovem ator também marcou presença no 45º Festival de Cinema de Gramado. Ele recebeu no domingo (20), o prêmio de melhor ator Mostra Gaúcha de Curtas – Troféu Assembleia Legislativa, pelo filme 1947, de Giordano Gio.
Após a sessão, o garoto conversou com o Jornal do Comércio sobre a repercussão de seu trabalho. João Pedro começou a atuar aos oito anos de idade na publicidade: "Há três anos, comecei a fazer cinema e, na verdade, é o que eu gosto". O filme da minha vida foi sua primeira atuação em longa-metragem, e ele conta que foi uma experiência incrível: "Uma outra atmosfera, fora da minha realidade de antes. Partir de um set de 15 pessoas para um de 300 é diferente".
Já a rodagem de 1947 aconteceu há um ano, e o adolescente admite que foi um processo natural, não muito complexo, porém procurou se inspirar em alguns filmes de personagens mais pacatos - como As vantagens de ser invisível (EUA, Stephen Chbosky, 2012) -, pois não tinha muitas referências. João Pedro demonstrou curtir muito o ambiente de festival: "É bom reencontrar a equipe, o mais legal são os laços que se formam. O reconhecimento também é importante. Não tinha assistido ainda o resultado, adorei". E o futuro deve ser ainda mais promissor: agora, o jovem artista está em fase de preparação: em setembro, vai participar das filmagens de um longa de Gilson Vargas no Interior.