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Internacional

- Publicada em 14 de Julho de 2017 às 21:21

Cultivo de folhas de coca na Colômbia cresce 52% em 2016 ante 2015, diz ONU

Agência Estado
A Colômbia cultivou em 2016 folha de coca em patamar recorde: 146 mil hectares, 52% a mais que no ano anterior, segundo relatório da Organização das Nações Unidas divulgado nesta sexta-feira. O levantamento confirma a tendência de que o narcotráfico está em seu melhor momento no país.
A Colômbia cultivou em 2016 folha de coca em patamar recorde: 146 mil hectares, 52% a mais que no ano anterior, segundo relatório da Organização das Nações Unidas divulgado nesta sexta-feira. O levantamento confirma a tendência de que o narcotráfico está em seu melhor momento no país.
O cálculo da extensão dos cultivos ilícitos avaliado pela ONU é mais conservador que o divulgado pela Casa Branca no começo do ano, que apontava 188 mil hectares em 2016. A tendência de alta, de qualquer modo, fica clara, já que haviam ocorrido três anos de aumento paulatino. Pela primeira vez, porém, o avanço foi tão acentuado na comparação anual.
Apesar dos esforços do governo e das Forças Armadas, apoiadas durante anos pelos Estados Unidos, o escritório antidrogas da ONU (UNODC, na sigla em inglês) estima que a produção potencial de cocaína disparou 34% somente em um ano e atingiu cifra recorde, de 866 toneladas.
"Todos os recursos orçamentários possíveis para este ano de 2017 já estão à disposição da erradicação", afirmou em entrevista recente o ministro da Defesa colombiano, Luis Carlos Villegas. A autoridade disse que entregaria o cargo se essas plantações continuassem a se expandir até o fim do ano.
Neste ano, já foram erradicados 21 mil hectares dos 50 mil previstos pelo governo. Outros 50 mil deveriam ser substituídos por outros cultivos em programas no marco do recente acordo de paz entre o governo e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).
O governo oferece um subsídio para que os agricultores aceitem cultivar alimentos no lugar dos insumos para a droga. A iniciativa, segundo analistas, poderia ter levado algumas pessoas a plantar folhas de coca ou maconha, para depois receber o dinheiro oficial para eliminar esses cultivos.
Além disso, com a retirada da guerrilha das Farc de suas zonas de influência e sem a presença do Estado, outros grupos armados dedicados ao narcotráfico ocuparam esses espaços.
Neste ano, foi registrado na Colômbia um aumento de 44% no desmatamento, um problema derivado diretamente dos cultivos ilícitos e da mineração ilegal.
O governo calcula que 82 mil famílias em todo o país vivem da folha de coca e a ONU estima que cada agricultor, o primeiro elo na grande cadeia do narcotráfico, ganhe US$ 1.180 ao ano por seu trabalho.
Desde o início do Plano Colômbia, que se concentra sobretudo na aplicação de glifosato, foram fumigados cerca de 2 milhões de hectares de terra, mas essa técnica para destruir os cultivos foi abandonada no fim de 2015 por causa de seus efeitos nocivos para a saúde dos agricultores.

Cultivo de folhas de coca na Colômbia cresce 52% em 2016 ante 2015, diz ONU

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A Colômbia cultivou em 2016 folha de coca em patamar recorde: 146 mil hectares, 52% a mais que no ano anterior, segundo relatório da Organização das Nações Unidas divulgado nesta sexta-feira. O levantamento confirma a tendência de que o narcotráfico está em seu melhor momento no país.

O cálculo da extensão dos cultivos ilícitos avaliado pela ONU é mais conservador que o divulgado pela Casa Branca no começo do ano, que apontava 188 mil hectares em 2016. A tendência de alta, de qualquer modo, fica clara, já que haviam ocorrido três anos de aumento paulatino. Pela primeira vez, porém, o avanço foi tão acentuado na comparação anual.
Apesar dos esforços do governo e das Forças Armadas, apoiadas durante anos pelos Estados Unidos, o escritório antidrogas da ONU (UNODC, na sigla em inglês) estima que a produção potencial de cocaína disparou 34% somente em um ano e atingiu cifra recorde, de 866 toneladas.
"Todos os recursos orçamentários possíveis para este ano de 2017 já estão à disposição da erradicação", afirmou em entrevista recente o ministro da Defesa colombiano, Luis Carlos Villegas. A autoridade disse que entregaria o cargo se essas plantações continuassem a se expandir até o fim do ano.
Neste ano, já foram erradicados 21 mil hectares dos 50 mil previstos pelo governo. Outros 50 mil deveriam ser substituídos por outros cultivos em programas no marco do recente acordo de paz entre o governo e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).
O governo oferece um subsídio para que os agricultores aceitem cultivar alimentos no lugar dos insumos para a droga. A iniciativa, segundo analistas, poderia ter levado algumas pessoas a plantar folhas de coca ou maconha, para depois receber o dinheiro oficial para eliminar esses cultivos.
Além disso, com a retirada da guerrilha das Farc de suas zonas de influência e sem a presença do Estado, outros grupos armados dedicados ao narcotráfico ocuparam esses espaços.
Neste ano, foi registrado na Colômbia um aumento de 44% no desmatamento, um problema derivado diretamente dos cultivos ilícitos e da mineração ilegal.
O governo calcula que 82 mil famílias em todo o país vivem da folha de coca e a ONU estima que cada agricultor, o primeiro elo na grande cadeia do narcotráfico, ganhe US$ 1.180 ao ano por seu trabalho.
Desde o início do Plano Colômbia, que se concentra sobretudo na aplicação de glifosato, foram fumigados cerca de 2 milhões de hectares de terra, mas essa técnica para destruir os cultivos foi abandonada no fim de 2015 por causa de seus efeitos nocivos para a saúde dos agricultores.
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