Mauro Belo Schneider

Para Gibran, o trabalho com a madeira é uma meditação

Publicitário promove cursos de marcenaria artesanal

Mauro Belo Schneider

Para Gibran, o trabalho com a madeira é uma meditação

Há quem medite em silêncio e há quem prefira métodos diferentes para atingir o equilíbrio emocional e a tranquilidade. O publicitário Gibran Bisio, 38 anos, está mais para o segundo caso, pois se acalma com o som do serrote e o contato com a madeira. Sua relação com a marcenaria é tão intensa que virou uma segunda profissão. Ele promove cursos em Porto Alegre para que outras pessoas aprendam como construir suas próprias luminárias, plainas, saibam afiar ferramentas ou encontrem o mesmo prazer que ele em meio à serragem.
Há quem medite em silêncio e há quem prefira métodos diferentes para atingir o equilíbrio emocional e a tranquilidade. O publicitário Gibran Bisio, 38 anos, está mais para o segundo caso, pois se acalma com o som do serrote e o contato com a madeira. Sua relação com a marcenaria é tão intensa que virou uma segunda profissão. Ele promove cursos em Porto Alegre para que outras pessoas aprendam como construir suas próprias luminárias, plainas, saibam afiar ferramentas ou encontrem o mesmo prazer que ele em meio à serragem.
A tradição vem de família. O avô e o bisavô de Gibran eram marceneiros profissionais – e o pai sempre teve oficina em casa. Ele seguiu pelo caminho da Comunicação, mas sentia um vazio. “Como diretor de arte, me faltava algo físico. Com a madeira, o resultado é palpável, a peça fica por gerações”, diz ele, que concilia o hobby com seus afazeres profissionais. Como mora num apartamento térreo, montou uma estrutura para praticar suas “habilidades analógicas” neste mundo tão digital.
Mas o hobby vem tomando cada vez mais conta de seu tempo. De três em três meses, Gibran dá oficinas de marcenaria artesanal no Fabrique, espaço colaborativo onde se compartilham ideias que auxiliam na criação de produtos e protótipos, no bairro São Geraldo. A próxima edição está marcada para o fim de semana de 25 e 26 de agosto. O preço fica na média de R$ 400,00 (mas vale consultar), e as turmas recebem entre seis e oito integrantes.
Nas aulas de Gibran, a máquina não tem vez. Tudo é manual. O aluno aprende os nomes dos utensílios de trabalho e se dá conta do quanto o estado de espírito reflete na produção. Afinal, não é só a mão que atua na transformação da madeira. O posicionamento e o peso do corpo em movimento, junto à força da gravidade, influenciam na execução dos processos de corte e lixa. É um envolvimento integral, que se traduz em concentração. Coisa rara nos dias de hoje. “A marcenaria artesanal foi muito abandonada”, lamenta Gibran.
A maioria das peças criadas pelo publicitário são baseadas em encaixes, sem pregos ou parafusos. Isso faz com que tenham uma duração mais longa, de até "mil anos", como o empreendedor cita.
Além dos cursos e oficinas pré-estabelecidas, o Fabrique deve começar a oferecer acompanhamento de projetos. Se alguém quiser fazer um aparador, uma cadeira, um banco, enfim, e precisar de ajuda de profissionais, receberá mentorias mediante o pagamento de uma mensalidade. 
Os links para acessar a agenda de workshops estão no site www.fabrique.cc. Mas é só o começo virtual de um contato extremamente real.
Mauro Belo Schneider

Mauro Belo Schneider - editor do GeraçãoE

Mauro Belo Schneider

Mauro Belo Schneider - editor do GeraçãoE

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