Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Política

- Publicada em 23 de Junho de 2017 às 13:43

'Gravíssimo', diz FHC sobre denúncia de Temer

Agência Estado
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) ressaltou na manhã desta sexta-feira (23) que o País caminha para uma situação inédita e muito séria: a de ter um presidente da República denunciado por corrupção.
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) ressaltou na manhã desta sexta-feira (23) que o País caminha para uma situação inédita e muito séria: a de ter um presidente da República denunciado por corrupção.
"O procurador-geral da República, baseado em uma investigação da Polícia Federal, que é submetida à Presidência, se dispõe a mover uma ação contra o presidente. E por corrupção. Isso nunca houve", disse o tucano durante palestra em São Paulo. "Se por um lado isso é sinal de que as instituições estão independentes, por outro lado, é gravíssimo."
Ao falar sobre a chance do presidente Michel Temer (PMDB) ser denunciado pelo procurador-geral Rodrigo Janot, FHC lembrou os últimos dias de Getúlio Vargas.
"Quando Getúlio Vargas era presidente, em um tempo em que os militares estavam muito assanhados, existia a chamada 'República do Galeão', formada pelo pessoal da Aeronáutica que fazia inquéritos militares. Um dia, chamaram o irmão do Getúlio, Benjamin Vargas. Pouco depois, Getúlio se matou porque descobriu que o irmão estava metido em confusões junto com o chefe de sua guarda pessoal. Era grave", disse o ex-presidente, que acrescentou: "Não estou dizendo que o Temer se mate, claro, prefiro outra coisa".
A "outra coisa", segundo FHC, é a antecipação das eleições por determinação do próprio Temer. "Ele podia chamar as forças políticas e antecipar a eleição para daqui a oito, nove meses. Isso para ter legitimidade."
O tucano, mais uma vez, se posicionou contra eventuais diretas-já e citou o teórico italiano Antonio Gramsci, que diz haver situações na política onde o "velho já morreu, mas o jogo não nasceu", referindo-se à ausência de lideranças políticas no cenário brasileiro atual.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO