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Política

- Publicada em 22 de Junho de 2017 às 22:40

Supremo mantém acordo da JBS com Fachin

Sessão plenária do STF confirmou tendência de validar a homologação monocrática da delação pelo relator

Sessão plenária do STF confirmou tendência de validar a homologação monocrática da delação pelo relator


NELSON JR/SCO/STF/JC
Sete dos 11 ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) votaram pela manutenção de Luiz Edson Fachin na relatoria da delação da JBS e na validade da homologação monocrática do acordo celebrado. A decisao fixa um parâmetro para casos de negociação de benefícios em delações premiadas.
Sete dos 11 ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) votaram pela manutenção de Luiz Edson Fachin na relatoria da delação da JBS e na validade da homologação monocrática do acordo celebrado. A decisao fixa um parâmetro para casos de negociação de benefícios em delações premiadas.
O julgamento será retomado na quarta-feira da próxima semana, mas já há maioria entre os ministros. Votaram Fachin, Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Rosa Weber, Luiz Fux e Dias Toffoli.
Todos entenderam que Fachin deve se manter na relatoria, que o momento da homologação é apenas para dar validade jurídica e que os termos só podem ser questionados após a sentença.
O ministro Ricardo Lewandowski acompanhou o relator em parte e apresentou ressalvas. Para ele, a qualquer momento a delação pode ser revisitada, que não é o entendimento de Fachin, que fala que isso poderia ser feito apenas na sentença. Esse deve ser o debate central da próxima semana, e os ministros podem mudar os seus votos.
Ainda não se manifestaram em voto os ministros Gilmar Mendes, Marco Aurélio Mello, Celso de Mello e a presidente da corte, Cármen Lúcia.
A delação da JBS foi alvo de críticas de parlamentares, da sociedade e do próprio presidente Michel Temer (PMDB) por anistiar completamente os crimes cometidos pelo delator Joesley Batista.
O STF discute duas ações sobre o tema, uma suscitada pelo próprio Fachin, questionando o papel do relator diante de acordos de colaboração premiada e os limites para atuar dentro do conteúdo dessas colaborações.
A segunda questão foi proposta por meio de petição ajuizada pelo governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), em que questionou a distribuição dos acordos de colaboração premiada celebrados entre o Ministério Público Federal e integrantes do Grupo J&F, que foi feita de forma "automática" (no termo técnico) por estarem supostamente atrelados à Lava Jato, e não por sorteio, por isso caíram nas mãos Fachin.
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