Financiamento permite retomada do 'fôlego' ao complexo da Santa Casa

Os próximos meses serão de retomada do fôlego financeiro para a Associação de Caridade Santa Casa de Rio Grande. Conforme o superintendente do complexo, Maicon de Barros Lemos, os recursos viabilizados via financiamento da Caixa Econômica Federal, de R$ 60 milhões, servirão principalmente para repactuar financiamentos anteriores.

"A Santa Casa tinha três ou quatro financiamentos anteriores, e juntamos em um, com menor cobrança de juros e com prazo maior para pagamento. Ganhamos uma carência de seis meses para pagar", explica Lemos. Agora, R$ 51 milhões desses R$ 60 milhões serão utilizados para repactuar essas dívidas. Dos R$ 9 milhões restantes, R$ 3 milhões serão investidos em folha de pagamento, e os outros R$ 6 milhões, na retomada de produção, com a negociação com fornecedores, empresas de material e de medicamentos, e a prestação de serviços médicos. Além disso, Lemos confirmou que o Estado quitou em março uma dívida de R$ 6 milhões que tinha com a instituição.

Segundo o superintendente, o complexo planeja aumentar gradualmente o número de leitos para internação, considerando que alguns tinham sido fechados em 2016, quando a crise se agravou. "São três hospitais, um cardiológico, um psiquiátrico e outro geral. Todos os 100 leitos do cardiológico estão ocupados. No psiquiátrico, 82 dos 100 leitos estão ocupados, e, no geral, há 87 leitos vagos de um total de 200", detalha. O investimento será aplicado na ampliação da taxa de internação.