Fernando Lemos comanda o relacionamento 
da empresa com startups em São Paulo Fernando Lemos comanda o relacionamento da empresa com startups em São Paulo Foto: Oracle/Oracle/Divulgação/JC

'Colaboração é uma regra', diz executivo da Oracle

A Oracle, multinacional referência em computação na nuvem lançou, em abril, o Oracle Cloud Startup Acelerator. O programa de aceleração de startups selecionará cinco a cada semestre para receber mentorias e realizar projetos junto à empresa e sua rede global, durante seis meses. O programa está em apenas sete capitais do mundo, dentre elas, São Paulo - a única da América Latina, escolhida a partir do potencial junto a empreendedores desenvolvido pela empresa no País. Nesta entrevista, Fernando Lemos, vice-presidente de Tecnologia e Inovação da Oracle na América Latina, fala sobre as estratégias da empresa.
GeraçãoE - Por que a Oracle se aproximou de startups?
Fernando Lemos - Essa iniciativa começou há algum tempo. Aqui no Brasil, dois anos atrás, começamos nosso laboratório de inovação. Depois, fizemos este mesmo laboratório junto às fintechs, para romper o modelo tradicional de banking. Isso foi entre 2015 e 2016. E aí, em abril do ano passado, a Oracle abriu a primeira aceleradora de empresas na Índia, em Bangalore, e foi um sucesso. Postulamos São Paulo para fazer parte desta expansão.
GE - Qual a estratégia de engajamento?
Fernando - A gente tem feito já um projeto de aproximação, de colaboração com o ecossistema, se conectando com demais aceleradoras do mercado, conversando com os investidores, universidades. E o que a gente está fazendo é ser mais um elo desta cadeia, agregando valor para ela.
GE - E as ações se concentram somente em São Paulo?
Fernando - Sim, qualquer startup do Brasil ou qualquer lugar do mundo que queira participar, na etapa do processo de aceleração tem que vir aqui para São Paulo. Porque a gente vai ficar seis meses em um ambiente físico da Oracle, onde haverá mentorias de tecnologia e de negócios, trocas de experiências, interações entre as startups e investidores.
GE - Há algum perfil de startup na mira?
Fernando - Negócios disruptivos, que tenham grande base tecnológica. Fintechs, agrotechs, meditechs... Linha de varejo, telecomunicações, finanças, serviços multiplataforma. A gente quer proporcionar um processo acelerado de crescimento e escala.
GE - Colaboração é tendência, moda ou regra?
Fernando - É uma cultura que faz diferença no Vale do Silício e o que vai fazer diferença para o ecossistema. Nós, brasileiros, temos uma característica de competição, e não de mútua ajuda. Quando um ajuda o outro, todos ficam mais fortes. A força do grupo é maior do que a força individual. Colaboração não é uma moda. Se quiser sobreviver neste mundo, tem que aprender a dividir, colaborar e entregar ao outro algo que você precisa também. A ajuda para você também virá de onde não se espera.
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