Comentar

Seu comentário está sujeito a moderação. Não serão aceitos comentários com ofensas pessoais, bem como usar o espaço para divulgar produtos, sites e serviços. Para sua segurança serão bloqueados comentários com números de telefone e e-mail.

500 caracteres restantes
Corrigir

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Porto Alegre, quarta-feira, 19 de abril de 2017. Atualizado às 21h52.

Jornal do Comércio

Viver

COMENTAR | CORRIGIR

espetáculo

Notícia da edição impressa de 20/04/2017. Alterada em 19/04 às 16h50min

Bibi Ferreira celebra 76 anos de carreira em show em Porto Alegre

Bibi Ferreira celebra 76 anos de carreira em show na Capital

Bibi Ferreira celebra 76 anos de carreira em show na Capital


WILLIAN AGUIAR/DIVULGAÇÃO/JC
Cristiano Vieira
É elogiável a disposição de Bibi Ferreira, 94 anos, em seguir na ativa. Com uma carreira iniciada pelas mãos do pai, Procópio Ferreira, em 1941, Bibi contabiliza 76 anos de vida artística. Porto Alegre, volta e meia, entra no seu roteiro - nesta quinta-feira, véspera de feriado, mais uma vez ela sobe ao palco do Teatro do Bourbon Country, às 21h.
Apenas em 2015, ela esteve duas vezes na Capital: em maio, participando do concerto do Dia das Mães, e em dezembro, com um espetáculo somente com músicas de um dos seus ícones, Frank Sinatra. Desta vez, ela faz um apanhado de grandes músicas para celebrar a longeva carreira.
Toda subida ao palco, aliás, é carregada de emoção. "Apesar dos 76 anos de carreira, me sinto como sempre me senti, a vida inteira. Um frio na barriga. Tenho a consciência da responsabilidade de entrar em cena e dar o meu melhor. Já falei para as pessoas que me cercam que o dia que deixar de sentir isso, não me deixem entrar em cena mais", conta ela, na entrevista.
No show, Bibi se apresenta acompanhada por uma banda e sob a regência do maestro Flávio Mendes, responsável também pelos arranjos e direção musical. A narração e a idealização do espetáculo ficam a cargo de Nilson Raman, que assina o roteiro ao lado de Flávio e Bibi. No repertório, canções de Amália Rodrigues, Carlos Gardel, Frank Sinatra e Edith Piaf.
Amália, por sinal, considerada a maior fadista de todos os tempos, tinha uma admiração especial pela brasileira. Costuma dizer que, caso alguém fosse interpretá-la um dia, seria Bibi. Amália assistiu Bibi cantando Piaf nada menos que 14 vezes em Lisboa. "Embora saiba que ela sempre viu meus shows, tanto nas revistas musicais no Parque Mayer, nos anos 1950, como em Piaf, nos anos 1990, nunca fomos apresentadas. Mas sempre soube do quanto admirava meu trabalho. Sempre fiquei muito envaidecida por isso", avisa Bibi.
Além de Amália, Gardel, Sinatra e Piaf formam o quarteto de artistas admirados pela brasileira durante sua vida. Mas, por um deles, há um carinho especial. "Quem eu gostava mesmo de ouvir, sempre, Sinatra, Sinatra, Sinatra e Gardel. Nessa ordem assim", explica.
Dos talentos brasileiros, são muitos, segundo ela. "Sempre falo do Caymmi, do Jobim, do Vinicius, do Noel, do Chico Buarque, Caetano. Gosto da Adriana Calcanhoto e Cazuza, gravei eles no CD Bibi Brasileira", relembra a carioca da gema, nascida Abigail Izquierdo Ferreira.
Na apresentação desta quinta-feira, conforme relata Bibi, há uma diferença - o que costura as canções são histórias dos bastidores. Como e porquê as coisas aconteceram. "Tenho total liberdade de interação com o mestre de cerimônias e com o maestro. Qualquer oportunidade de contar uma história ou de lembrar uma situação engraçada, eu não deixo passar", conta Bibi.
Clássicos eternizados nas vozes dos quatro citados acima recheiam o repertório. De Amália, estão Fadinho serrano e Povo que lavas no rio; de Sinatra, há baladas românticas e canções como All the way e The lady is a tramp; Gardel chega com Esta noche me emborracho e Questa abarro; de La Môme (apelido de Piaf), Bibi abre espaço para cinco canções: Millord, L'accordeniste, A quoi ça sert l'amour, Je ne regrette rien e Hymne a l'amour.
Ainda há ingressos para mezanino (R$ 120,00), plateia alta (R$ 180,00) e camarotes (R$ 220,00). A venda acontece na bilheteria do Teatro do Bourbon e pelo site www.ingressorapido.com.br.
COMENTAR | CORRIGIR
Comentários
Seja o primeiro a comentar esta notícia