Ulisses Miranda

Restaurante tibetano em Três Coroas é mais uma opção alternativa para o verão

Tibetano de Três Coroas vai além da comida

Ulisses Miranda

Restaurante tibetano em Três Coroas é mais uma opção alternativa para o verão

Desde 2011, o Rio Grande do Sul conta com o primeiro restaurante tibetano do Brasil. Localizado na rua Alagoas, nº 361, na cidade de Três Coroas, o Espaço Tibet abre de quarta-feira a domingo e oferece muito mais do que apenas comida típica tibetana. O cliente encontra um pedacinho do pequeno país asiático por um preço médio de
Desde 2011, o Rio Grande do Sul conta com o primeiro restaurante tibetano do Brasil. Localizado na rua Alagoas, nº 361, na cidade de Três Coroas, o Espaço Tibet abre de quarta-feira a domingo e oferece muito mais do que apenas comida típica tibetana. O cliente encontra um pedacinho do pequeno país asiático por um preço médio de
R$ 65,00 (com entrada, salada e prato principal).
A ambientação - capaz de oferecer um "teletransporte ao Tibete" - se deve à figura de um de seus proprietários, Ogyen Shak, tibetano que fugiu da repressão chinesa e veio parar na cidade de São Paulo, em 2006. Ele é casado com a brasileira Adriana Shak, de 44 anos. Além do conhecimento sobre a culinária, ele agrega ao local um verdadeiro arsenal cultural. É o responsável não apenas pelo cardápio, mas pelas pinturas e demais detalhes que compõem a estrutura. "Meu sonho é todos dizerem que conhecem o Tibet", conta um sorridente Ogyen.
Na chegada ao Brasil para trabalhar como pintor, sua ideia inicial de negócio era abrir um atelier. Empregando seus conhecimentos artísticos na reforma do Templo Budista de Três Coroas, conheceu Adriana. Ela foi voluntária no local por quase 15 anos, tendo atuado nas mais diversas atividades administrativas - conhecimento que hoje é empregado no restaurante. Os dois haviam iniciado um relacionamento quando Ogyen fora notificado sobre sua deportação. A solução era um casamento imediato.
Não foi apenas a questão artística-cultural que convenceu Ogyen a abrir um restaurante. "O povo brasileiro gosta de comer", avalia o tibetano. Prova disso são os quase 1,5 mil clientes recebidos por mês para provar delícias como os típicos momos, trouxinhas cozidas no vapor, salteadas na manteiga e recheadas. Nos fins de semana e feriados, listas de espera fazem o número de funcionários saltar dos cinco da semana para 15.
A 15 minutos de carro do Chagdud Gonpa Brasil - Templo Budista de Três Coroas -, o "refúgio gastronômico" envolve vidas sintetizadas na tolerância e na coragem, duas entre as tantas características do budismo. "Empreendedores têm que ter paciência", ressalta Ogyen, demonstrando compreensão das dificuldades nas terras tupiniquins. "Para fazer negócio no Brasil é muito difícil. A mentalidade das pessoas tem que mudar", completa. O Espaço Tibet, antigamente, ficava às margens da RS-020, mas desentendimentos com vizinhos forçaram a procura por um novo terreno. Mais um teste para o equilíbrio do casal. "Dependemos de tantas variáveis, e isso nos deixa mais forte", observa Adriana.
 
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