Sobre o Autor
Caroline Batista é especialista em autoliderança, coach, palestrante e especialista em marketing pela UFRGS Foto: DIVULGAÇÃO

Caroline Batista

Especialista em autoliderança, coach, palestrante e especialista em marketing pela Ufrgs

Vamos falar de carreira? O futuro do mercado de trabalho

Noite de sexta-feira, nervosismo antes de subir ao palco, a toga já está encharcada e o sorriso é amarelo. Passa um rápido filme pela cabeça, que começa na infância. Afinal, desde a formação infantil, passando pelo vestibular e universidade, fomos construindo esse dia, em uma linha reta, sem desvios. Sempre soubemos que nosso futuro passava por cada um desses degraus.
É incrível pensar que a maioria das pessoas que está lendo esse texto vai se identificar com essa situação. E não poderia ser diferente.
O sistema de ensino e o modelo de trabalho enraizados na sociedade, que teve início há 300 anos, com a necessidade de formar mão de obra fabril para a execução de um trabalho mecanizado, tratam a vida, a formação e a carreira profissional como algo linear, em que cumprir os pré-requisitos de se formar e ter um bom emprego é a chave para o sucesso. Será?
Nos dias atuais, não podemos mais olhar para a carreira dessa forma, pois não estamos falando de uma linha reta. Hoje, a vida profissional está mais para um labirinto, no qual as decisões são complexas e distantes da simplicidade do pensamento linear. Esse quadro está causando um tensionamento no mercado de trabalho. Não é à toa que alguns estudos apontam que 72% das pessoas estão insatisfeitas com os rumos ou com os resultados que a sua carreira apresenta.
Viveremos cada vez mais o caos e a ordem juntos, dando origem a momentos caórdicos, com os paradigmas sendo questionados e avaliados a todo momento. Das relações aos ambientes, as palavras de ordem serão: subversão, diversão, fluidez e flexibilidade. O que vai prevalecer será a inteligência coletiva e positiva e a liderança sob demanda (sem cargos), não existindo espaço para ser plateia.
As carreiras tradicionais aos poucos cedem lugar para carreiras sem fronteiras, causando insegurança em todos os níveis hierárquicos. O crescimento não está mais na questão técnica, mas depende de flexibilidade, autonomia, sociabilidade e desenvolvimento contínuo. Estamos saindo de um modelo técnico/mecanicista para um no qual a valorização da inteligência comportamental é o mais importante.
Essa é uma verdadeira revolução, e paradigmas estão sendo quebrados. Estamos deixando para trás o modelo "work to", ou seja, o modelo que valorizava o que você faz da vida, em que a identidade profissional sobrepõe a pessoal, para o modelo "work with", de valorização de quem você é, em que a identidade pessoal ganha força para a construção de uma identidade profissional, em equilíbrio e conectado com os seus valores pessoais, capacidades e propósitos.
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