Mauro Belo Schneider

Jornalista abriu a Buda Comunicação este ano e já conta com seis clientes fixos

O empreendedorismo por uma vida mais zen

Mauro Belo Schneider

Jornalista abriu a Buda Comunicação este ano e já conta com seis clientes fixos

A jornalista Priscila Cabrera, 33 anos, de Porto Alegre, cansou do estresse que o "desespero das agências em não perder clientes" gerava e resolveu abrir a Buda Comunicação. Agora, baseada nos ensinamentos do budismo, diz levar uma vida mais calma, com foco e dedicação às pessoas e empresas que atende.
A jornalista Priscila Cabrera, 33 anos, de Porto Alegre, cansou do estresse que o "desespero das agências em não perder clientes" gerava e resolveu abrir a Buda Comunicação. Agora, baseada nos ensinamentos do budismo, diz levar uma vida mais calma, com foco e dedicação às pessoas e empresas que atende.
O último emprego de Priscila foi na Martha Becker Comunicação. Antes disso, passou pela assessoria de Sérgio Stock, onde avalia ter aprendido muito. Na hora de apostar num negócio próprio, ela traçou a estratégia de procurar categorias de profissionais (dentistas, por exemplo), avaliar seus canais (sites e redes sociais), traçar planos de mídia e oferecê-los aos possíveis contratantes. Com seis meses de marca própria no mercado, Priscila tem seis contas fixas.
Outro ponto que a encorajou foi o fato de um amigo também jornalista, Rodrigo Peixoto, da NWA, ter o mesmo desejo de montar um escritório. A dupla, portanto, mobiliou uma sala no bairro Menino Deus e hoje o custo com aluguel, condomínio e contas de água e luz de cada um nem chega a R$ 500,00.
"Posso tralhar da maneira que eu acho adequada. Uma das coisas que não concordo é o fato de os donos das agências não saberem nada de seus clientes", expõe, criticando a questão de alguns players do mercado da Comunicação se distanciarem da linha de frente. O escritório funciona das 10h às 18h, em oposição ao que suas antigas experiências exigiam. Para Priscila, não adianta chegar às 8h, "pois o jornalista, normalmente, sequer está na Redação neste horário". 
A primeira conta da Buda - e que motivou o desligamento do emprego - foi um café no Moinhos de Vento, de um ex-colega publicitário. "Eu tinha certeza que teria pelo menos um cliente", lembra. Ela tinha convicção, porém, de que esse número aumentaria, uma vez que, devido à crise, as pessoas buscariam assessores de comunicação com negócios menores e preços mais competitivos. "Eu não aguentava mais ouvir falar em crise. Se as pessoas estavam sem dinheiro seria uma oportunidade das assessorias pequenas conseguirem espaço."
Um dos indícios do crescimento da Buda é a constância do trabalho da formanda de Relações Públicas Ana Paula Evaldt na empresa. No início, ela comparecia para ajudar Priscila apenas duas vezes por semana. Passou para todas as tardes. E, agora, são todos os dias, manhã e tarde. "Depende só da gente, é uma responsabilidade enorme", expressa Ana, em relação ao sucesso do negócio recém-criado.
Mauro Belo Schneider

Mauro Belo Schneider - editor do GeraçãoE

Mauro Belo Schneider

Mauro Belo Schneider - editor do GeraçãoE

Leia também

Deixe um comentário