As lições de um negócio de família que começou pequeno, numa garagem em Lajeado, e hoje fatura R$ 182 milhões

Docile faz 25 anos e prevê novidades


As lições de um negócio de família que começou pequeno, numa garagem em Lajeado, e hoje fatura R$ 182 milhões

Ricardo Heineck era um jovem de 26 anos em 1986, concursado no Banco do Brasil e tinha um salário que lhe dava estabilidade financeira. Certo dia, seu pai, Nestor, fez um convite para que ele se juntasse ao negócio da família. Os Heineck fabricavam balas e guloseimas em Lajeado, a 94 quilômetros de Porto Alegre, desde 1936. A tradição da família precisava ir além. Sair do conforto de um emprego estável e arriscar tudo na iniciativa privada foi uma decisão de coragem. "Meu lado empreendedor falou mais alto", lembra.
Ricardo Heineck era um jovem de 26 anos em 1986, concursado no Banco do Brasil e tinha um salário que lhe dava estabilidade financeira. Certo dia, seu pai, Nestor, fez um convite para que ele se juntasse ao negócio da família. Os Heineck fabricavam balas e guloseimas em Lajeado, a 94 quilômetros de Porto Alegre, desde 1936. A tradição da família precisava ir além. Sair do conforto de um emprego estável e arriscar tudo na iniciativa privada foi uma decisão de coragem. "Meu lado empreendedor falou mais alto", lembra.
Ricardo se juntou aos irmãos Alexandre e Fernando, que a essa altura já trabalhavam na fábrica de doces. A primeira inovação do trio foi diversificar o trabalho - que até então se resumia à produção e distribuição de balas. Naquele mesmo ano, eles criaram uma loja de varejo para comercializar as guloseimas.
A pequena loja deu tão certo que eles começaram a revender glucose e amido (insumos básicos das balas) a partir de setembro de 1991. Ali, nasceu a Glucoamido, que mais tarde se transformou na Docile, hoje prestes a completar 25 anos como a maior produtora de pastilhas e a segunda maior de balas de goma no Brasil. Em 2015, a empresa faturou R$ 182 milhões.
O segredo do sucesso, diz Ricardo, está no exemplo deixado pelo avô, Natalício. No princípio, ele produzia balas no interior de uma garagem de madeira - com um processo totalmente manual.
O pai também foi protagonista. Ele automatizou a empresa, em 1950, ao viajar para São Paulo e comprar uma máquina de moldar balas que custava quase quatro vezes o que tinha economizado - colocando a própria casa da família como garantia. Para Ricardo, hoje diretor de marketing da Docile, a atitude corajosa do pai é inspiradora. "Falta gente assim no mercado. Boas ideias têm aos montes, mas faltam pessoas para 'fazer acontecer'", comenta.
Atualmente, a Docile tem 200 itens no catálogo e exporta para mais de 50 países, incluindo os Estados Unidos e Emirados Árabes. Para o futuro, Ricardo cogita até mesmo um parque fabril no exterior. Em 2017, haverá a inauguração de um novo centro de distribuição e a criação de um loja-conceito.

Três doces dicas empreendedoras de Ricardo Heineck, da Docile

  1. Atitude. O mercado carece de pessoas que saibam “fazer acontecer”
  2. Agregue valor. Diferenciar-se da concorrência dá competitividade
  3. Não tema os desafios. Ser empreendedor é tomar decisões diariamente