Alyne Garcia Jobim, dona da Integrare, uma consultoria em inclusão e acessibilidade de Porto Alegre, participou do Inovacapital, programa de apoio a empreendedores afro-brasileiros (www.anjosdobrasil.net/competicaoafro). Aqui, ela conta sua experiência:

Nem todo empreendedor parte do mesmo ponto


Alyne Garcia Jobim, dona da Integrare, uma consultoria em inclusão e acessibilidade de Porto Alegre, participou do Inovacapital, programa de apoio a empreendedores afro-brasileiros (www.anjosdobrasil.net/competicaoafro). Aqui, ela conta sua experiência:

Tenho 32 anos, sou mãe da Lauren, administradora de empresas, sócia da Integrare consultoria em inclusão e acessibilidade junto a Caroline Garcet. Minha empresa existe desde 2014, com o objetivo de incluir pessoas com deficiências no mercado de trabalho. Oferecemos serviços de recrutamento e seleção, capacitação e desenvolvimento de pessoas com deficiência. Quando falo do desafio de empreender, é preciso ter ciência sobre o preconceito que encontro por ser mulher e negra. Muitas vezes, fui confundida com alguém que estava à procura de oportunidade de emprego enquanto aguardava (com horário marcado) na sala de espera pelo gerente da unidade para apresentar nossos serviços de consultoria.
Tenho 32 anos, sou mãe da Lauren, administradora de empresas, sócia da Integrare consultoria em inclusão e acessibilidade junto a Caroline Garcet. Minha empresa existe desde 2014, com o objetivo de incluir pessoas com deficiências no mercado de trabalho. Oferecemos serviços de recrutamento e seleção, capacitação e desenvolvimento de pessoas com deficiência. Quando falo do desafio de empreender, é preciso ter ciência sobre o preconceito que encontro por ser mulher e negra. Muitas vezes, fui confundida com alguém que estava à procura de oportunidade de emprego enquanto aguardava (com horário marcado) na sala de espera pelo gerente da unidade para apresentar nossos serviços de consultoria.
Ou fui questionada sobre qual minha função na empresa, pois não acreditavam que eu era a sócia. Infelizmente, ainda não somos vistas como empresárias, e sim vendedoras ambulantes, em muitos momentos, simplesmente pela cor da nossa pele. Outro ponto importante a ser analisado no momento de empreender é o capital de giro para manter a empresa até que a mesma se equilibre e se sustente dos próprios rendimentos. Por isso é fundamental termos um plano de negócio estruturado e consciência de que nem sempre conseguimos lucrar no primeiro ano de abertura.
Tive sorte de, no momento da minha transição de carreira, ter conhecido a Reafro (rede de empreendedores negros), que visa à valorização, formalização e capacitação dos empreendedores. E através dela, em parceria com o Sebrae nacional, ter a oportunidade de fazermos o plano de negócio e formalizarmos a empresa. Este momento é de suma importância, pois nós, empreendedores negros, na maioria das vezes, não temos acesso e conhecimento sobre fontes de investimentos.

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