Roberta Fofonka

O governo federal, junto aos estados, também oferece opções para quem precisa de dinheiro para empreender

Investimento público também é opção para empresas de inovação

Roberta Fofonka

O governo federal, junto aos estados, também oferece opções para quem precisa de dinheiro para empreender

Para quem quer inovar e ainda não encontrou forma ideal de arrecadar dinheiro, há também iniciativas do governo de fomento ao empreendedorismo. Lançado neste ano, o Tecnova é um programa de financiamento público e incentivo à inovação do governo federal, voltado para as micro e pequenas empresas brasileiras projeto da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), um braço do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
Para quem quer inovar e ainda não encontrou forma ideal de arrecadar dinheiro, há também iniciativas do governo de fomento ao empreendedorismo. Lançado neste ano, o Tecnova é um programa de financiamento público e incentivo à inovação do governo federal, voltado para as micro e pequenas empresas brasileiras projeto da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), um braço do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
No Rio Grande do Sul, em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa (Fapergs), R$ 25 milhões foram investidos em 51 empresas gaúchas, de 14 municípios - R$ 15 milhões de aporte federal e R$ 10 milhões estadual. Em nível nacional, o Estado ficou em terceiro lugar na procura pelo programa, com 206 empresas interessadas. As que entraram no programa levaram entre R$ 200 mil a R$ 667 mil. "E ainda tivemos bons projetos que ficaram de fora", comenta o diretor administrativo-financeiro da Fapergs, Marco Antonio Baldo.
O objetivo é que cada uma, ao final, em outubro, tenha um produto lançado. "Inovação é quando o produto está acessível no mercado, senão trata-se ainda de invenção", reforça Renato Cislaghi, que é analista do Departamento de Produtos Financeiros Descentralizados da Finep.
O Tecnova buscou contemplar empresas em diferentes áreas que fazem parte do mercado gaúcho, a fim de pulverizar o desenvolvimento e o potencial competitivo. Assim como empreendimentos do ramo de Tecnologia da Informação (TI) e comunicação, saúde avançada e medicamentos, petróleo e gás e energias alternativas, também foram financiadas micro e pequenas do segmento de calçados e da indústria moveleira, por exemplo. Em relação ao Brasil como um todo, o programa destinou R$ 266 milhões a 420 projetos. Para o empreendedor interessado em investir em inovação, a segunda edição do Tecnova está sendo projetada para 2017.
Outra forma de captação de recursos é o Inovacred, que empresta dinheiro para empresas com receita de até R$ 90 milhões (também que queiram investir em inovação) com juros de 7,5% ao ano e 24 meses de carência - neste caso, mais vantajoso que os bancos. No Rio Grande do Sul, a opção é subsidiada pelo BRDE, o Badesul e o Banrisul. "Há toda uma rede de estrutura pública para aportes e apoio que o empreendedor pode usar", aponta Cislaghi.
Empreender no Brasil é mais complicado que em outros países, por causa do excesso de burocracia e entraves fiscais. No entanto, embora haja locais atrativos, ser um empreendedor estrangeiro em outro país também não é tão simples - há a barreira do idioma, de conhecer a cultura e de se estabelecer. "O que mais precisamos é fazer pressão por uma desburocratização", afirma Maria Elisabete Haase-Möllmann. Com experiência em parques tecnológicos da Alemanha, a gerente executiva do Tecnova no Estado salienta que, pelas dificuldades encontradas no mercado, o empreendedor brasileiro tende a ser mais batalhador.
"Há todo um arcabouço fiscal e tributário, é um caminho mais sofrido", reconhece. "Mas vale a pena estar no Brasil, em função do tamanho do mercado. Fora daqui, é tudo mais saturado", compreende.
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