Marcas se reinventam para não perder investidores diante da crise


Apesar de faturar R$ 139 bilhões em 2015 e representar 2,3% do produto interno bruto do País, o franchising brasileiro tem se preocupado com a retração econômica. Um dos desafios é o turn over - a troca de uma franquia para outro empreendedor quando o primeiro desiste. O índice, conforme dados da ABF, aumentou de duas a três vezes nos últimos anos.
Apesar de faturar R$ 139 bilhões em 2015 e representar 2,3% do produto interno bruto do País, o franchising brasileiro tem se preocupado com a retração econômica. Um dos desafios é o turn over - a troca de uma franquia para outro empreendedor quando o primeiro desiste. O índice, conforme dados da ABF, aumentou de duas a três vezes nos últimos anos.
Por conta desses efeitos, muitos franqueadores remodelaram o seu negócio. A Cacau Show, uma das maiores referências em franquias no País, com mais de 2 mil lojas, lançou três formatos de microfranquia. O modelo mais barato, de R$ 19 mil, é o de distribuição, onde o franqueado recruta pessoas para atuar na venda direta dos chocolates da marca.
O segundo modelo tem investimento inicial de R$ 35 mil e se assemelha aos quiosques, porém mais compacto e barato. O último - e principal aposta da marca - é a Gelateria, que tem investimento de R$ 42 mil e oferece, além dos chocolates e trufas, sorvetes do tipo gelato italiano, waffles, fondue e café.
A Evolute, de cursos profissionalizantes, oferece um formato 45% mais barato do que o tradicional. O modelo Evolut Fit exige espaço físico de 30 metros quadrados, cinco computadores e de três a cinco funcionários. O investimento é de R$ 34 mil, com prazo de retorno de até 18 meses.
"Com o aumento do desemprego e da demanda por cursos de capacitação, percebemos que poderíamos transformar as pessoas em franqueadas da nossa rede", comenta Carlos Diego Oliveira, diretor de franquias do Grupo VA, que controla a Evolute.
A empresa também negocia a taxa de franquia, parcelando o pagamento, tal como a Puket, do segmento de meias, pijamas, lingeries e acessórios.
O investimento inicial é a partir de R$ 350 mil, mas a marca está oferecendo 30% de desconto na taxa de franquia para quem fechar negócio até dezembro. "Nosso mix é à prova de crise, pois não vendemos apenas produtos, mas presentes", destaca a gerente de expansão da marca, Liliana Martins, sobre os diferenciais do negócio.

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