Leonardo Pujol

De quebra, o visitante ainda pode tomar um refrigerante de pomelo e lascar um alfajor bocadito, outros dois clássicos do país vizinho

Amigos abrem lancheria que só vende panchos com produtos uruguaios no viaduto Otávio Rocha

Leonardo Pujol

De quebra, o visitante ainda pode tomar um refrigerante de pomelo e lascar um alfajor bocadito, outros dois clássicos do país vizinho

É difícil conversar com os empreendedores Jefferson Arnold, 47 anos, e Luis Machado, 42, e não ser interrompido por alguém que quer conhecer o lugar criado por eles. Os dois amigos estão à frente do mais novo frisson do Centro Histórico de Porto Alegre – ou melhor, do mais novo frisson do grupo de vizinhos do Centro Histórico no Facebook. O fenômeno se chama Pancho Uruguaio e está localizado no viaduto Otávio Rocha, na avenida Borges de Medeiros, quase de esquina com a rua Fernando Machado.
É difícil conversar com os empreendedores Jefferson Arnold, 47 anos, e Luis Machado, 42, e não ser interrompido por alguém que quer conhecer o lugar criado por eles. Os dois amigos estão à frente do mais novo frisson do Centro Histórico de Porto Alegre – ou melhor, do mais novo frisson do grupo de vizinhos do Centro Histórico no Facebook. O fenômeno se chama Pancho Uruguaio e está localizado no viaduto Otávio Rocha, na avenida Borges de Medeiros, quase de esquina com a rua Fernando Machado.
O próprio nome explica o negócio. Ali é possível comer o tradicional lanche do país vizinho, de nome homônimo. De quebra, o visitante ainda pode tomar um refrigerante de pomelo e lascar um alfajor bocadito, outros dois clássicos uruguaios. Os idealizadores dizem que a “pancheria” cativa clientes desde o início. “Quando a gente vendeu o primeiro pancho em fevereiro de 2015, numa carrocinha que estacionamos na frente do Planeta Atlântida, tudo mundo elogiou”, afirma Arnold. “Com esse retorno, decidimos seguir em frente.”
Os pequenos empresários estão há seis meses no local. Ao longo do ano passado tentaram fixar a carrocinha bem na esquina de onde estão, mas a Prefeitura não deixou. “Disseram para nós que a Borges é uma via de fluxo intenso”, lamenta Machado, explicando que o ponto ficaria ao lado de uma banca de jornais. Foi por isso que migraram alguns metros para dentro do viaduto – elevado que possui outras 34 lojas, entre lancherias, artesanatos e lotérica. O investimento foi de aproximadamente R$ 5 mil na reforma do espaço, além dos R$ 740 mensais pagos de aluguel.
Quando decidiram virar empreendedores (Machado porque fora demitido e Arnold porque ficara viúvo e “não queria entrar em depressão”), a ideia era abrir um quiosque na beira da praia de Capão da Canoa. “Mas tinha muito entrave burocrático”, diz Machado, “por isso desistimos”. A alternativa para o pancho surgiu por acaso. Os dois se conhecem desde a infância, em Rosário do Sul. Toda a vez que visitam os parentes, esticam mais 100 quilômetros a viagem para ir a Rivera, cidade uruguaia que faz fronteira com Santana do Livramento. Vão para comprar nos freeshops, mas também comer um delicioso pancho. Por que não vender a iguaria no Brasil?
Com a ajuda de um amigo importador, Arnold e Machado levaram a inspiração a sério. Passaram a trazer do Uruguai os insumos necessários para o projeto – como a salsicha (defumada e de 25 centímetros), os molhos e os refrigerantes. O único item fabricado no Brasil é o pão, feito especialmente para a loja. “O produto é bom. O que faltava era movimento”, diz Machado, que vende o pancho a R$ 7,00 (inclusive uma opção vegetariana) de segunda a sábado, das 12h às 21h.
 Geração E - Pancho Uruguaio o verdadeiro sabor castelhano    na foto: Jefferson Arnold e João Luis Machado
O negócio foi devagar até o dia 23 de março, quando o jornalista Guilherme Barcellos, 30, publicou uma foto do pancho no Grupo de Vizinhos do Facebook. “Não sei se a galera sabendo, mas na escadaria da Borges, quase esquina com Fernando Machado, rolando um pancho uruguaio furioso.” Até a publicação desta reportagem, o post tinha 659 reações, todas positivas: 614 curtidas, 25 uau, 18 amei e 2 haha.
Desde então, garantem os empreendedores, as vendas aumentaram entre 50% a 70%. “O post foi a melhor propaganda que a gente poderia ter. Esse pessoal é muito unido”, elogia Arnold a comunidade no Facebook que reúne mais de 8 mil pessoas. “Minha postagem foi sem pretensão. Na semana seguinte, quando apareci de novo por lá, eles (Arnold e Machado) me disseram que várias pessoas tinham ido por causa do meu post”, conta Guilherme. A gente, do GeraçãoE, também.
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