A Economia Criativa e as oportunidades de mercado

Atualizado em 28/04/2016 08:37

O Brasil é o quarto consumidor de jogos digitais do mundo, sendo um importante empregador de mão de obra especializada e se fixando como um mercado bilionário, com expetativa de crescimento de 13,5% ao ano, segundo pesquisa encomendada pelo Bndes. Com mais de 60 milhões de usuários, esse mercado vem ampliando o seu perfil de consumo, que, até então, era, em sua grande maioria, de público jovem masculino, e hoje já conquista mulheres, crianças e idosos.
Muito disso se explica pela facilidade de acesso aos smartphones e às redes sociais. Além, é claro, da utilização de games em muitas outras áreas, como educação, negócios e medicina - não sendo mais uma exclusividade voltada apenas ao entretenimento.
Outro mercado em ascensão é o audiovisual. Em 2011, foi regulamentada pelo Congresso Nacional a Lei nº 12.485, que determina a veiculação de conteúdos nacionais e inéditos na programação das televisões por assinatura. Com isso, além de valorizar a cultura local de produção audiovisual no Brasil, o segmento ganhou ainda mais espaço e já se posiciona a nível global como a 12ª maior economia nesse mercado, que corresponde por 0,57% do PIB brasileiro.
Em pesquisa realizada pela Ancine, foi apontado um crescimento de 65,8% entre os anos de 2007 e 2013, um salto de R$ 8,7 bilhões para R$ 22,2 bilhões, uma evolução bem superior aos outros setores da economia.
E, liderando o ranking de crescimento no Brasil, temos a indústria da moda. Nos últimos 10 anos, o varejo de moda fez com que o País saltasse da sétima posição para a quinta no ranking dos maiores consumidores mundiais de roupas. Uma pesquisa realizada pela A.T. Kearney, renomada empresa de consultoria empresarial norte-americana, aponta uma arrecadação de US$ 42 bilhões em vendas, sendo que 35% é através de capturas on-line, facilmente explicado pelo poder de influência das redes sociais e blogs de formadores de opinião dessa área.
Os mercados dos jogos digitais, do audiovisual e da moda são apenas três exemplos dos 13 segmentos que englobam o que chamamos de Economia Criativa. Um setor da economia que vem ganhando destaque e driblando o cenário atual de crise pelo qual o Brasil passa. São empresas que se destacam pelo talento e pela capacidade intelectual de seus empreendedores e funcionários, e que não dependem do tamanho da sua estrutura ou de quanto têm de capital.
O Brasil, de certa forma, vem dando seus primeiros passos para se fixar nessa economia. Países como Estados Unidos, China e Inglaterra já se consolidaram. Juntos, correspondem a 40% da Economia Criativa global. Muitas cidades no Brasil possuem iniciativas de estimulo à Economia Criativa, como Recife, Porto Alegre e São Paulo.
A Economia Criativa, que hoje apresenta uma média de remuneração superior a outros setores, será um dos grandes empregadores em futuro breve.
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Sobre o Autor
Ronaldo Cavalheri é Coaching de Negócios Criativos e Diretor Geral do Centro Europeu Foto: Amarildo Henning/Divulgação/JC

Ronaldo Cavalheri

Coaching de negócios criativos e diretor-geral do Centro Europeu
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