Niágara Braga

Só no ano passado vendeu 13 mil casinhas produzidas com o material e chegou a entregar 80 mil itens em uma só encomenda

Casal de Porto Alegre aposta em brinquedos de papelão

Niágara Braga

Só no ano passado vendeu 13 mil casinhas produzidas com o material e chegou a entregar 80 mil itens em uma só encomenda

Numa época em que as pessoas ficam hipnotizadas em seus tablets e celulares, um casal de Porto Alegre aposta no papelão para atrair a atenção das crianças. Thiago Cestari da Costa, 37 anos, e Simone Menda, 36, criaram, em 2013, a Eu Amo Papelão, empresa que só no ano passado vendeu mais de 13 mil casinhas produzidas com o material e chegou a entregar 80 mil brinquedos em uma só encomenda para um projeto social do Bourbon Shopping.
Numa época em que as pessoas ficam hipnotizadas em seus tablets e celulares, um casal de Porto Alegre aposta no papelão para atrair a atenção das crianças. Thiago Cestari da Costa, 37 anos, e Simone Menda, 36, criaram, em 2013, a Eu Amo Papelão, empresa que só no ano passado vendeu mais de 13 mil casinhas produzidas com o material e chegou a entregar 80 mil brinquedos em uma só encomenda para um projeto social do Bourbon Shopping.
Além de casinhas, a dupla faz brinquedos montáveis, cartelas, fazendinhas, castelinhos, móveis, objetos personalizados e até bancas para eventos – tudo em uma linha de montagem instalada no bairro Partenon. Eles, inclusive, desenvolveram, na Páscoas de 2015 e deste ano, um labirinto de papelão no Praia de Belas Shopping. Na última edição, foram necessários 500 quilos da matéria-prima.
A empresa, que vende os produtos através de e-commerce e lojas parceiras, está presente em mais de 10 estados brasileiros. O objetivo, segundo os empreendedores, é oferecer liberdade para a criança criar um espaço só dela.
Simone conta que o filho Renato, hoje com oito anos, ajudou na idealização dos móveis. “Recém tínhamos comprado uma mesinha pra ele, e, no primeiro tema, ele riscou. Na hora fiquei brava, mas depois pensei que o tema era dele, a mesa era dele, e ele poderia riscar se quisesse”, lembra. Nasceu, assim, a mesa de papelão, própria para ser riscada.
Os objetos são direcionados a crianças a partir de dois anos, mas não envolvem apenas a gurizada. “Pais e avós fazem questão de nos mandar fotos brincando junto, e dizem: ‘esse momento vai ficar para a história’”, conta a sócia. Para Cestari, esta é a melhor parte. “O momento. Porque quando nós lembramos da nossa infância, não nos remetemos a dinheiro, mas a momentos. E é esta simplicidade que queremos proporcionar.”
O negócio nasceu de um dos “ciclos de inquietude” de Costa, que, há mais de 15 anos era, e ainda é, sócio de uma empresa de representação de embalagens de papelão ondulado, a AMEC. Inspirado por projetos nacionais e internacionais, criou seu próprio modelo de negócio. “Havia empresas que vendiam só móveis, outras só brinquedos, nós vendemos os dois e ainda fazemos projetos personalizados”, descreve.
Ele acredita que o seu projeto só foi viável pois já havia relação com o mercado. A primeira encomenda grande demandou mais de sete caminhões de matéria-prima, pois foram encomendadas 12 mil casas. “É quase impossível uma empresa pequena fazer toda essa operação, mas para nós é tranquilo. É difícil algo que não possamos atender”, confessa.
Costa, que estudou o papelão ondulado em sua graduação em Administração e na especialização em Gestão Empresarial, defende também o fator sustentável do projeto. “É 100% reciclável. É vantajoso para empresa que encomenda, pois, após o uso, é só jogar no lixo seco, ou ainda pode ganhar com a venda do material”, defende.
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