Leonardo Pujol

O investimento acontece apesar da burocracia. Enquanto o empreendedor leva um único dia para abrir uma empresa na Nova Zelândia ou seis dias nos Estados Unidos, na Capital a espera chega a 260 dias

Estrangeiros descobrem oportunidades de negócios em Porto Alegre

Leonardo Pujol

O investimento acontece apesar da burocracia. Enquanto o empreendedor leva um único dia para abrir uma empresa na Nova Zelândia ou seis dias nos Estados Unidos, na Capital a espera chega a 260 dias

Emyr Humphreys nasceu no País de Galês, mas vive em Porto Alegre. Aos 24 anos, ele é idealizador do Bike On, app em desenvolvimento que traça rotas na cidade para ciclistas e concede informações baseadas no crowdsourcing – ou seja, na colaboração dos usuários. A ideia é que as pessoas alimentem a plataforma com informações do trânsito, pontos de acidentes, estabelecimentos bike friendly, bicicletários e oficinas. A ideia é que o "Waze das bikes" fique pronto até setembro.
Emyr Humphreys nasceu no País de Galês, mas vive em Porto Alegre. Aos 24 anos, ele é idealizador do Bike On, app em desenvolvimento que traça rotas na cidade para ciclistas e concede informações baseadas no crowdsourcing – ou seja, na colaboração dos usuários. A ideia é que as pessoas alimentem a plataforma com informações do trânsito, pontos de acidentes, estabelecimentos bike friendly, bicicletários e oficinas. A ideia é que o "Waze das bikes" fique pronto até setembro.
"Vamos começar por Porto Alegre, mas queremos muito que o aplicativo se expanda", diz Humphreys (foto abaixo). Embora more na Capital, a ideia surgiu enquanto ele trabalhava como guia turístico de bicicletas em Buenos Aires. Foi na Argentina, a propósito, que ele conheceu o principal motivo para o desembarque em solo gaúcho: a atual namorada Louise Carpenedo, também mentora do projeto. 
 STARTUPS GAÚCHAS APRESENTAM SEUS PROJETOS A INVESTIDORES NO DEMODAY, DO PROGRAMA STARTUP RS, PROMOVIDO PELO SEBRAE/RS.     NA FOTO: EMYR HUMPHREYS (BIKE ON)
Assim como Humphreys, vários outros estrangeiros escolheram Porto Alegre na hora de empreender. O nigeriano Patrick Olumide Abafemi, o Lumi, abandonou a carreira na Engenharia para cantar. O polonês Dominick Picnic veio para o Brasil e abriu um espaço que mistura salão de beleza e cultura. Consultada pelo GeraçãoE, a prefeitura não soube especificar quantos estrangeiros possuem negócios na Capital. 
O investimento acontece apesar da burocracia. Enquanto o empreendedor leva um único dia para abrir uma empresa na Nova Zelândia ou seis dias em países como Chile, Estados Unidos e Inglaterra, aqui no Brasil essa espera dura em média 129 dias – 260 se for em Porto Alegre e 304 (!) em Caxias do Sul. 
O estrangeiro precisa vencer várias etapas até o início do negócio – como obter visto de permanência e residência fixa. Ninguém escapa. Nem mesmo o português Modesto Mendes, 45. Ele desenvolve na Capital um aplicativo que funcionará como WhatsApp de pagamentos, cobranças e transferências.
O My Phone My Money deve entrar em operação em cerca de seis meses, quando estará disponível para downloads. "Da mesma maneira como pré-carrega o crédito para falar no celular, tu pré-carregas o dinheiro no aplicativo. E, a partir daí, passa o dinheiro por mensagem para fazer os pagamentos", explica Mendes.
Uma ponto em comum? Assim como Humphreys, Lumi e Dominick, Mendes também se apaixonou por uma gaúcha. Se a economia não é o principal motivo para empreender, então que seja o amor.  
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