Mauro Belo Schneider

Cíntia Selbach, 26 anos, lançou a El Gato, em Porto Alegre, há pouco mais de um mês

Universitária aposta na fabricação de leites veganos

Mauro Belo Schneider

Cíntia Selbach, 26 anos, lançou a El Gato, em Porto Alegre, há pouco mais de um mês

Foi depois de perceber que não se encaixaria no modelo de funcionária de indústria que a técnica em Química e estudante de Engenharia Química da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), Cíntia Selbach, 26 anos, decidiu lançar a El Gato, em Porto Alegre. A marca trabalha com produtos veganos, como leite, iogurte, cremes e achocolatados.
Foi depois de perceber que não se encaixaria no modelo de funcionária de indústria que a técnica em Química e estudante de Engenharia Química da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), Cíntia Selbach, 26 anos, decidiu lançar a El Gato, em Porto Alegre. A marca trabalha com produtos veganos, como leite, iogurte, cremes e achocolatados.
"Não queria simplesmente me formar engenheira, ir para indústria e trabalhar com objetivos que não eram meus. Com a minha empresa, posso contribuir para um mundo um pouco melhor, o que na indústria é complicado", diz Cíntia. A El Gato, formada há pouco mais de um mês, recebe pedidos através de seu site (www.elgatopoa.com), pelo Facebook e pelo Whatsapp.
Cíntia comenta que muito se fala que "veganismo é coisa de elite", e a intenção dela é justamente quebrar esse paradigma. "Queremos que as pessoas possam ser veganas sem achar que precisam ser ricas", avisa. Por isso, no cardápio há mais de um tipo de leite.
A opção a base de amêndoas pode chegar a R$ 18,00 por litro. Há, contudo, a de soja, que custa R$ 8,00 o litro, e uma a base de arroz e aveia, entre R$ 4,00 e R$ 6,00. Quem devolve a garrafa de vidro para reaproveitamento ainda ganha R$ 2 de desconto.
Cíntia concilia a empreitada com o estágio na Petrobras e as aulas na faculdade. Para isso, recebe a ajuda da mãe, que cuida com carinho das embalagens, da irmã, na parte de imagem, e do namorado, na produção. Nas feiras que participa, a média de vendas é de 100 garrafas. Fora isso, chegam cerca de dez encomendas semanais. "A ideia é fazer em casa, dominar o processo de produção, testar os produtos, validar a hipótese de que há mercado e conhecê-lo para, então, partir para o aumento da produção", expõe.
No futuro, Cíntia pretende ter uma fábrica para produzir em maior escala e distribuir para supermercados e lojas. Assim, deixará os produtos mais acessíveis para o consumidor.
O investimento inicial do negócio girou em torno de R$ 1 mil para aquisição de garrafas e panelas e de R$ 500 para os grãos. "Nossos leites vegetais são para pessoas que optam por não consumir derivados de animais, veganas e vegetarianas, assim como pessoas com restrições alimentares ou que buscam uma alimentação mais saudável", resume.
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Mauro Belo Schneider

Mauro Belo Schneider - editor do GeraçãoE

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Mauro Belo Schneider - editor do GeraçãoE

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