Gustavo Diament, diretor-geral do Spotify na América Latina Gustavo Diament, diretor-geral do Spotify na América Latina Foto: Raoni Maddalena/divulgação/jc

Brasil é um dos mercados onde Spotify mais cresce

GeraçãoE entrevista Gustavo Diament, diretor-geral do Spotify na América Latina

Os aparelhos celulares não serão os principais dispositivos móveis para ouvir música dentro de cinco anos. É o que prevê o brasileiro Gustavo Diament, diretor-geral do Spotify na América Latina, que esteve em Porto Alegre no dia 1º de setembro, e falou com exclusividade ao GeraçãoE. O que os substituirá? "Eu não sei", assume Diament. É justamente este espírito de adaptação e aceitação com o que está por vir que move a empresa. Criado na Suécia há sete anos e avaliado em U$ 8,5 bilhões, o Spotify é um serviço de música que dá acesso a milhões de canções via streaming de forma gratuita ou paga, e que está ajudando a mudar o panorama da indústria fonográfica. Com um ano de operações no país, o Spotify já pôs em prática parcerias com projetos sociais e, em média, o brasileiro passa 104 minutos do seu dia lá. Segundo ele, Porto Alegre está entre as cinco principais cidades brasileiras em adesão.
GeraçãoE - A que se deve o sucesso do Spotify no Brasil, especificamente? E no mundo.
Gustavo Diament - O sucesso do Spotify se explica de uma maneira muito simples em todos os mercados que atuamos, nós atendemos a uma demanda crescente na sociedade atual que é o acesso a conteúdo de qualidade e de forma legal. E nós fazemos isso com excelência, acesso multiplataforma, simples e com possibilidade não só para ouvir a música, mas também conhecer músicas novas, compartilhar referências, além de features sempre inovadores como a função Running, que faz a música acompanhar seu ritmo de corrida.
GE - Você considera o Spotify um produto resultado de um projeto empreendedor? Por quê?
Gustavo - Com certeza, principalmente porque o Spotify é um serviço pioneiro, surgiu em 2006 em um momento que a indústria musical estava sem saída na luta contra a pirataria. Daniel Ek - o fundador- buscava uma solução para isso e encontrou a resposta no acesso, um conceito amplamente discutido hoje.
GE - Qual a postura empreendedora do serviço?
Gustavo - Além de trazermos um serviço que supre todas as necessidades dos usuários, fomos também um ponto-chave na volta por cima da indústria da música, um exemplo disso são os mais de 3 bilhões de dólares que já foram pagos pelo Spotify para a indústria da música, desde sua fundação.
GE - Em agosto, foi aberta a plataforma social do Spotify no Brasil (spotify.com/change). Como foi a decisão? Já há planos para ampliação de ações?
Gustavo - O Spotify acredita que a música pode mudar o seu dia, além de ter o poder de transformar vidas. E colocamos esse conceito em prática com a criação do spotify.com/change que já atua ao lado de 8 projetos ao redor do mundo. Lançamos oficialmente no Brasil em agosto, mas o projeto Audio Workshop ao lado do Instituto Criar já existe há pouco mais de um ano. Estamos apenas começando, o objetivo é incluir mais iniciativas que tenham objetivo de transformar vidas através da música.
GE - Qual a grande fonte de renda do Spotify hoje? Qual o faturamento da empresa?
Gustavo - O faturamento do Spotify vem de duas fontes: assinaturas Premium e anúncios que vão ao ar para os usuários free.
GE - Qual a característica do público brasileiro no Spotify?
Gustavo - Alguns números podem te dar esse perfil: No primeiro ano do Spotify no Brasil 11 milhões de playlists foram criadas, 200 milhões de horas ouvidas (o equivalente a mais de 23 mil anos) e o tempo de permanência do brasileiro na plataforma foi (e continua sendo) de 104 minutos por dia.
Além disso, a média de idade dos usuários brasileiros está entre 13 e 34 anos, entre os gêneros, 42% dos usuários brasileiros são mulheres e 58% homens. As Top 5 cidades são São Paulo, Rio de Janeiro, Belo horizonte, Curitiba e Porto Alegre, mas estamos crescendo muito em outras regiões.
GE - O que está por vir no Brasil em relação a novidades do Spotify?
Gustavo - Não comentamos grande anúncios antes que eles aconteçam, mas acho que vale lembrar lançamentos recentes que estão conquistando os usuários como a função Running (já disponível em todos os aparelhos iOS), ela permite que a música acompanhe organicamente o seu ritmo de corrida. Além disso temos o Mapa Musical, sucesso absoluto em todos os cantos do Brasil e o Discover Weekly, sua playlist única semanal personalizada pelo Spotify.
GE - Quais os países que se destacam em consumo?
Gustavo - O mercado na América Latina como um todo tem crescido muito e o Brasil certamente é um dos destaques.
GE - Como está sendo a recepção dos brasileiros neste um ano de operação do Spotify no País. Vocês têm escritórios por aqui? Onde?
Gustavo - O Brasil é seguramente um dos mercados onde o Spotify mais cresce, o brasileiro ama música e está cada vez mais conectado, isso se traduz em uma demanda que só aumenta pelo acesso simples, multiplataforma a todas as suas músicas favoritas.
Temos escritório na Vila Madalena em São Paulo e acho interessante ressaltar que a nossa equipe está cada vez maior.
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Comentários ( 1 )
  1. chamar para o vídeo no site!

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