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Porto Alegre, sexta-feira, 19 de maio de 2017. Atualizado às 18h11.

Jornal do Comércio

Gastronomia e Vinhos 2017

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VINÍCOLA DON GIOVANNI

Notícia da edição impressa de 19/05/2017. Alterada em 19/05 às 18h12min

Vinícola Don Giovanni mantém produção com foco na sustentabilidade

Uvas Cabernet Franc, Merlot e Ancelota compõem os vinhos tranquilos produzidos na vinícola

Uvas Cabernet Franc, Merlot e Ancelotta compõem os vinhos tranquilos


ADRIANA FRANCIOSI/DIVULGAÇÃO/JC
Superando um ano difícil, a vinícola Don Giovanni investe na sustentabilidade e no manejo biodinâmico de seus vinhedos. No ano passado, sofreu perda de aproximadamente 80% do total da produção. Já em 2017, manteve quantidades regulares e uma qualidade excelente nas uvas. Situado a uma altitude de 720m, a 12 km de Bento Gonçalves, o complexo Don Giovanni reúne vinícola, pousada e restaurante, no município de Pinto Bandeira. Atualmente, possui 50 hectares, sendo 14 de vinhedos, na sua maioria de Pinot Noir e Chardonnay.
As variedades são usadas na fabricação de espumantes, que representam 80% da produção da vinícola. A propriedade também possui vinhedos de Cabernet Franc, Merlot e Ancelota, utilizados para elaboração de vinhos chamados tranquilos. A produção anual gira em torno de 120 mil litros. Em busca da sustentabilidade, a Don Giovanni iniciou, em 2014, testes em seus vinhedos, com o manejo biodinâmico.
O espumante é o principal foco da vinícola, que está produzindo pelo método tradicional, também conhecido como champenoise, com diferentes tempos de maturação - 12, 18, 24, 36 e 70 meses. Para completar a linha, a empresa possui um Brandy, envelhecido em barris de carvalho por, no mínimo, 12 anos. Também ganha destaque a produção de alcachofra, utilizada, basicamente, na elaboração do risoto de alcachofra, prato mais solicitado no restaurante da vinícola. O local fica junto à pousada, uma casa antiga, construída em meados dos anos 1930, que foi restaurada e transformada em pousada em 1997.
Os destaques da vinícola e da região como um todo são os espumantes, e a Dom Giovanni trabalha no lançamento do primeiro extra brut, denominado Ouro, que permanece, no mínimo, 36 meses em contato com as leveduras (autólise). "A partir de uma boa matéria-prima, conseguimos atingir um nível excepcional nos produtos. Estamos trabalhando com os olhos voltados para nossos vinhedos, e a busca pela sustentabilidade ganha destaque no processo. Estamos em um momento de conversão. Já se passaram três anos e deve durar, pelo menos, mais três. É um processo lento e de muito aprendizado", explica o diretor da vinícola, Daniel Panizzi.
O enólogo da Don Giovanni, Maciel Ampese, revela que, para eliminar o uso de herbicida, foi importada um máquina para auxiliar na roçada nos vinhedos. Acoplada ao trator, contorna os pés dos vinhedos através de um sensor, fazendo a roçada. No que diz respeito aos fertilizantes, a produção é feita na propriedade. "Tudo em busca de uma harmonia do ecossistema", diz Ampese.
Proprietária da vinícola, a família Giovannini é uma das poucas no Estado a manter a tradição entre os descendentes. Atualmente, é a quarta geração que continua a produzir os vinhos e espumantes, unindo tradição e qualidade. A pousada, possui sete apartamentos, com decoração que mantém características originais da colonização italiana, e oferece ainda uma charmosa cabana em meio aos vinhedos. O restaurante da vinícola possui capacidade para 50 pessoas e atende mediante reservas. 
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